[EM REVISÃO]
❝O departamento de crimes violentos de Incheon era mais enfadonho do que o nome fazia parecer. Bang Chan não se importava, sendo isto um indício de que a taxa de homicídios da cidade estava mais baixa do que já esteve no passado que tod...
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"Profeta", disse eu, "profeta – ou demônio ou ave preta! –
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, e esta noite e este segredo
A esta casa de ânsia e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!"
Disse o Corvo, "Nunca mais".
(Edgar Allan Poe)
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Apesar do nome sugestivamente forte, a Unidade de Crimes Violentos de Incheon não era tão emocionante quanto o nome sugeria. Bang Chan estava acostumado à rotina que normalmente se resumia em relatórios, atendimentos de chamadas que nem sempre se tornavam efetivamente casos e mais relatórios.
Então, quando chegou em uma quinta-feira como outra qualquer, ele não esperava encontrar mais que relatórios e seus dois colegas de trabalho que brigavam como gato e rato. Todavia, o que ele encontrou assim que saiu do elevador indicava que seu dia provavelmente não seguiria o rumo monótono que esperava.
— Oh, Hyung! Você está tão ferrado!
Chan piscou para o jovem parado à sua frente que o fitava com olhos grandes por baixo das lentes arredondadas dos seus óculos, como sempre, caídos sobre a ponta do nariz. Ele empurrou a armação desajeitadamente com o antebraço, visto que tinha ambas mãos ocupadas com dois copos de café e uma pasta perigosamente equilibrada embaixo do braço.
O Detetive sorriu para o mais novo.
— Bom dia pra você também, Seungmin-ah.
— Bom dia, Hyung — respondeu com falsa cordialidade, seu sorriso alargando-se. — Você está atrasado.
— Eu passei no Taehwowan antes daqui.
O sorriso no rosto de Seungmin suavizou-se quase imperceptivelmente, silenciosamente, oferecendo-lhe um dos copos, ao qual Chan aceitou prontamente. Ele não gostava de café, para ser honesto, mas havia aprendido em apenas um ano que demonstrações de amabilidade eram raras vindo de Seungmin e deveriam ser apreciadas.
— Como está Minho-hyung?
— Um pé no saco como sempre, mas se recuperando. — Tomou alguns goles do café, o líquido quente e forte descendo por sua garganta o deixando mais desperto enquanto caminhava em direção à entrada da unidade com o novato ao seu lado. — Então, em qual problema eu me meti?
