Capítulo 22

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Cheguei meus amores!!!
Sei que muita gente tá querendo minha cabeça mas eu prometo que não vai demorar muito.
Então sem enrolação...
Bora ler!!!

CHRISTIAN

- Christian...
- Eu te amo, sempre te amei e nada vai me separar de você.
- Mas você tá indo embora...
- É preciso. Eu não vou conseguir ficar perto de vocês e ao mesmo tempo tão longe. Não vou conseguir aguentar o desprezo dela. É melhor eu me afastar por enquanto. Vai ser bom pra ela poder pensar.
- Não vai...
Ana me fala já chorando.
Ela é tão linda. Não merece sofrer assim por minha causa.
Seguro seu rosto, a beijo e pego minhas coisas.
- Eu te amo, eu amo vocês. Não importa o que aconteça, lembra disso sempre, ok?
A beijo outra vez e saio.
Não posso desistir agora.
Saio o mais rápido que posso. Pego o carro que aluguei aqui e vou em direção ao aeroporto. Chegando lá sou informado que não tem mais lugar no próximo vôo mas como queria sair dali logo, ofereci mil dólares mais uma passagem no próximo vôo disponível para um cara para ele me vender a passagem dele.
O vôo foi uma tortura. O tempo inteiro as palavras de Phoebe ecoavam na minha mente.

" Não, não não!!! Ele não é meu pai!!!! Meu pai é um babaca que te abandonou grávida pra ficar com outra! Christian não é o meu pai!!!"

" Eu odeio ele, quero ele longe de mim, nunca mais quero ver ele, que ele morra, que vocês dois sumam!!!"

" Pra mim eu não tenho pai! Ele tá morto a muito tempo e não vai ser agora que isso vai mudar."

" De você eu só quero uma coisa... Distância! Nunca mais eu quero ver você. Sai daqui!!! Eu te odeio!!!"


Ao chegar no meu prédio a dor piora ao olhar para a porta do apartamento delas.
Entro no meu apartamento direto para o quarto me jogando na cama logo em seguida.
Fico durante um bom tempo até que decido ligar para a pessoa certa pra me animar nessa hora.
- Alô.
- E aí cara? Como está?
- Christian???
- Quem mais ???
- Porra cara!! Tá cedo ainda... Pra que me acordar???
Rio da sua preguiça mas o sorriso morre aos poucos.
- Christian? Tudo bem?
- Na verdade não.
- Então conta aí cara o que foi?
Conto a Elliot tudo, desde quando me mudei até noite de ontem.
- Caramba cara... Que barra... O que você pretende fazer agora?
- Ainda não sei. Ela não quer me ver nem pintado. Ana me disse pra ter paciência mas não sei não...
- Quem sabe você não vem pra cá passar um tempo.
- Não sei... Será?
- Claro cara. Você não pode tirar uns dias no trabalho?
- Posso. Eu até já tinha planejado tirar uns dias a um tempo atrás mas aí me acertei com a Ana e isso foi passando.
- Então? Tira nem que seja uma semana e vem pra cá.
- Ok. Eu vou ver no hospital e te aviso.
- Então tá, eu vou esperar você confirmar mas teu quarto já tá pronto te esperando.
- Obrigado cara. Bom vou resolver tudo por aqui.
- Ok. Tchau. Eu quero conhecer a minha sobrinha e rever a Aninha. Manda um beijo pra ela.
-Pode deixar. Tchau.
Desligo e começo a arrumar as minhas coisas.
Vai ser bom passar um tempo com Elliot. Eu sempre considerei ele como um irmão. Meu amigo de todas as horas.
Nos distanciamos um pouco desde que me mudei pra Seattle e ele para Washington mas sei que posso contar com ele sempre.
Ligo para o hospital e consigo com o RH uma semana de folga pois tinha algumas horas extras para tirar.
Pego minhas coisas, termino de arrumar tudo e resolvo escrever uma carta pra Ana, pra deixar ela mais tranquila. Ainda não resolvi se vou ficar com o Elliot mas no caminho eu resolvo.
Estava pensando em colocar por baixo da sua porta mas Phoebe pode achar primeiro e não quero que nada a incomode, então resolvo deixar com o Senhor Adams.
Assim que desço na portaria, o vejo e o chamo.
- Olá senhor Adams.
- Olá meu rapaz. Achei que estivesse passeando.
- É... Estava mas tive um contra tempo e vou ter que viajar.
- Ah tá. É... Desculpa me meter menino mas está tudo bem?
- Porque pergunta?
- É que... Sem querer me meter mas vocês estavam tão feliz quando saíram e agora estou te vendo tão triste.
- Tivemos alguns problemas mas nada que o tempo não resolva.
- O tempo cura muita coisa.
- Senhor Adams poderia me fazer um favor?
- Claro. Pode falar.
Retiro o envelope do bolso da mochila e estendo pra ele.
- O senhor poderia entregar isso a Ana?
Ele pega o envelope e sorri.
- Claro menino. Assim que ela chegar eu entrego. Mais alguma coisa?
- Não senhor Adams é só isso mesmo.
- Menino... Se me permite... Não desista desse amor lindo que vocês sentem um pelo outro. A menina Phoebe merece essa família linda que vocês formam.
As palavras dele me comovem. Amo minha família.
Família...
Nunca pensei que teria a felicidade de construir uma família, ainda mais com a mulher da minha vida.
Mas hoje é uma realidade na minha vida e vou lutar contra tudo e todos por elas.
- Obrigado senhor Adams. Bom deixa eu ir.
- Boa viagem.
Saio em direção ao estacionamento do prédio. Quando chego perto do meu carro, sinto que estou sendo observado. Olho em volta mas não veio nada. Entro no carro, coloco a mochila no banco do passageiro e ligo o rádio pra me distrair.
Poderia ir até Elliot de avião mas quero aproveitar esse tempo na estrada pra espairecer.
Assim que saio com o carro vejo do outro lado da rua uma cara me encarando. Eu o conheço mas não lembro de onde. Pego o telefone no bolso da minha mochila pra tirar uma foto dele mas quando me viro ele já não está mais lá. Acho estranho a situação mas resolvo por fim ignorar.
Saio em direção a saída da cidade e o trânsito vai ficando mais tranquilo.
Em um certo trecho da estrada, percebo que tem alguma coisa com o carro. Sinto ele meio estranho e tento parar no acostamento. Piso no freio mas o mesmo não funciona. Continuo pisando e mesmo assim dá certo. Ouço uma buzina e vejo que um caminhão vem na direção oposta. Nesse momento só consigo pensar em Ana e Phoebe. Minhas meninas, minhas fortalezas.
Numa fração de segundos a única coisa que penso é em jogar o carro para fora da estrada.
Vejo muitas árvores mas não tenho opção.
Consigo desviar do caminhão mas o carro sai da estrada e sinto a batida.
Ao longe ouço alguém falando.
Aos poucos ouço sirenes, mais pessoas falando e passos perto de mim.
Sinto meu corpo ser retirado do carro e levado até o que acredito ser uma ambulância.
- Senhor pode me ouvir? Como se chama?
Estou tonto e não consigo falar. Uma dor de cabeça horrível toma conta de mim e começo a me sentir sufocado.
- Parada!!! Afastem- se!!!
Sinto meu corpo ser jogado no ar e cair.
- Provável hemorragia interna. Vamos rápido!!!
Sei tudo o que está acontecendo a minha volta. Como médico sei que a minha situação não é nada boa.
Tento falar, tento reagir mas é mais forte do que eu.
- Droga!!! Estamos perdendo ele!!!
Sinto um aperto no peito e a única coisa que penso é em minhas meninas antes de cair na escuridão.

Postei e corri....
🏇🏇🏇🏇🏇

Laços De Amor (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora