𝐈𝐈

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— Cora querida, olá! — A mãe de minha melhor amiga me recebe sorrindo, assim que abriu a porta de sua casa

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— Cora querida, olá! — A mãe de minha melhor amiga me recebe sorrindo, assim que abriu a porta de sua casa. Seus braços curtos abertos, prontos para envolver-me entre eles após alguns longos minutos de minha espera do lado de fora, congelando e batendo os dentes um ao outro. 

— Olá senhora Lockwood.— A abraço forte e estremecida. A temperatura de seu corpo estava totalmente diferente da minha, assim como o interior de sua casa aconchegante e grande.

O alto pinheiro de natal próximo á janela da esquerda repleto de luzinhas e presentes no chão, chama minha atenção de um certo modo. Seus galhos vestidos com bolinhas decoradas e bichinhos de pelúcia fofos com mini embrulhos em mãos. Havia até algumas fotos penduradas com cordões vermelhos e dourados.

— Que bom que você veio.— Ambas sorrimos uma para a outra quando nos afastamos. Seus cabelos até a altura dos ombros estavam perfeitamente encaracolados nas pontas. Eram acetinados, em um tom de marrom mais leve que o da filha e se sacodiam satisfatoriamente quando ela se mexia.— Heather está no quarto dela.— A mulher de colete de lã fecha a porta pela qual eu havia de passado, e em seguida, eu entrego à ela a bebida - sem álcool - que eu havia levado.— Fique á vontade. Mi casa es su casa.

— Obrigada. — Começo andar mas paro bruscamente no meio da sala de luzes amareladas que me embrulhavam, ao lembrar-me de um - não tão - pequeno detalhe que consegue encomodar mais que uma pedra no sapato, que causa desconforto a cada passo dado. Minhas botas com ainda rastros de neve pisoteavam o tapete com desenhos ilegíveis.— Hm... — Giro em meus calcanhares e olho meticulosamente a mulher que era a copia - só que alguns anos mais velha - de minha melhor amiga — Onde o Will tá? — Sussurro baixo, escondendo minhas mãos nos bolsos do casaco que me envolvia.

— No quarto, jogando videogame.— Soltou uma risada nasalada macia, respondendo no mesmo tom de voz que eu.— Dá tempo de você correr sem ele te ver. Qualquer coisa, te dou cobertura.— Piscou cúmplice.

Com um aceno sútil de cabeça, começo a dar passos apressados mas silenciosos ao subir as escadas para ir até o quarto de minha melhor amiga, enquanto tiro meus casacos e deixo-os pendurados em meu antebraço aquecido. A temperatura ali era muito mais do que agradável para minha estatura física antes quase gelificada. 
Olho para os dois lados antes de girar a maçaneta assim que paro em frente a última porta do corredor extenso e largo, com uma placa escrito "cai fora" escrita sem algum tipo de cuidado e nem intenção para que o resultado final, ficasse gracioso.
Lá estava ela, usando seu notebook, de barriga para baixo e os pés escondidos por meias macias, se balançavam ao ar atrás dela quando enfio minha cabeça dentro do cômodo bem apresentável. O cheiro do seu perfume favorito de framboesa fez meu nariz coçar.

— Toc toc.— Digo fechando a porta atrás de mim, com um sorriso amplo nos lábios protegidos por uma camada rigorosa de protetor labial de cereja. Ela se senta com ligeireza, me encarando.

Cigarette Daydreams [ book one ]Onde histórias criam vida. Descubra agora