𝐗𝐈𝐈

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ℳinhas mãos ordenavam cada um dos variados livros no interior do meu armário, e nos meus fones, Oasis tocava e satisfazia minha alma, inundando-me de melodias boas que causavam-me arrepios que eu não conseguia conter

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ℳinhas mãos ordenavam cada um dos variados livros no interior do meu armário, e nos meus fones, Oasis tocava e satisfazia minha alma, inundando-me de melodias boas que causavam-me arrepios que eu não conseguia conter.

Arrumo algumas canetas coloridas soltas, algumas revistas em quadrinhos do Flash e da Mulher Maravilha e solto um palavrão baixo quando notei que a capa do volume sete da Saga do Batman havia amassado e que o volume seguinte deveria estar em algum canto da casa da Heather.
Os livros de geometria e francês então são largados lá, e os de biologia e geografia, em minha mochila que se encontrava em uma horrorosa desarrumação.
Meu corpo por reflexo dá um passo para trás quando fecho a porta com um estalo forte, e dou de cara com um indivíduo grande que de um modo malandro, alicerçava-se no armário adjacente ao meu. Puxo os fones de uma vez, arrancando-os de minhas orelhas com uma certa brutalidade. A pessoa sorria, e a música se dissipa no ar, derretendo entre a barulheira ao nosso redor.

— Adam. — Tento moderar minha respiração e a sinfonia do meu peito que agora, era um sobe e desce constante. Levei minha mão trêmula até a área abaixo de minha garganta, e sentia a coreografia que meu coração, agora dançava. — Mas que droga, você quase me mata do coração. 

— E olha que eu nem dei muita atenção a minha aparência hoje de manhã quando eu acordei.— Mostrou as fileiras de dentes claros quando ergueu as maçãs do rosto enjoativo em um sorriso enfastiante, me mostrando um brilho falso sob a luz morna. Então ele tossiu, o som áspero coçando sua garganta como quem busca desfazer a rede de palavras não ditas quando me mantive estátua, piscando meus olhos e forçando para que a careta que eu queria fazer, não se fizesse presente na minha cara.— Porquê não veio às aulas ontem? — Me seguiu quando eu comecei a andar. 

— Problemas em casa. — Menti e segui andando. Desvio de uma ou outra pessoa no corredor turbulento e rumoroso, guardando meu celular em meu bolso do casaco cinza, e meu fones de uma maneira embolada, ali também.

— Ei, Cora... — Segurou meu antebraço esquerdo, fazendo com que eu parasse de andar. Olho para seu toque firme e para o jogador de lacrosse à minha frente, fuzilando-o com ecos não ditos de um aviso que ele entende muito rápido, e me solta na mesma hora.— Me desculpe.— A bala de menta em minha boca, ardia minha língua e minhas bochechas. Eu arrumo a alça da minha mochila em meu ombro direito.— Sabe, eu estive pensando e... — Coçou sua nuca, reorientando seu olhar.— Eu queria saber se, você não toparia sair comigo? — Espero silenciosa ele avançar com o que seja o que for que ele queria.— Se você não quiser tudo bem, eu...

— Está bem — Eu o interrompo concordando com aquela tolice, e ele me olha surpreso. O cenho franzido, os lábios carnudos entreabertos. Talvez ele não tenha acreditado que eu tenha aceitado seu pedido com tanta facilidade. Eu só sei falar uma única coisa quando se trata de Adam; não. Bom, talvez possa ser considerada uma segunda palavra mais usada.

— O-o quê? — Tartamudeou atônito, tombando sua cabeça para o lado. As mãos agora, nos bolsos da jaqueta larga do time e suas sobrancelhas escuras, encontradas.

Cigarette Daydreams [ book one ]Onde histórias criam vida. Descubra agora