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ℰla decresceu com o carro, chamando a atenção de Scott que olhou para trás por alguns instantes, antes de voltar seus olhos para o horizonte á sua frente

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ℰla decresceu com o carro, chamando a atenção de Scott que olhou para trás por alguns instantes, antes de voltar seus olhos para o horizonte á sua frente. O lado oposto a grande ladeira íngreme, as ruas que se estendiam retas, as calçadas largas. Poucos estabelecimentos abertos. Uma sensação de abandono pulsante por todos os lados.

Estendi meu braço esquerdo para tal mesma direção, e debruçada sobre o corpo da garota que assumia o volante, abaixo o vidro do seu lado quando estávamos próximas à ele, quase alcançando-o.

— Cora, mas que porra você tá fazendo? — Ela se engasga, não acreditando na capacitação que minha loucura tinha de movimentar meus músculos e nervos como um fantoche. De escravizar minhas ponderações, minhas percepções e emoções. 

— SCOTT! — Gritei pelo rapaz, ignorando-a mais do que completamente. Ele gira seu pescoço para nós, ainda andando com passos incertos. Os olhos perdidos, medo e confusão no silêncio.— Precisa de carona?! — As luzes do grande mercado de estacionamento imenso clarejou uma parte do meu rosto, e com isso, ele pode finalmente ver quem eu era.

— Não, eu tô bem. Valeu.— E olhou para frente outra vez. Passou ao lado de um dos incontáveis bueiros que exalavam a respiração pesada da cidade. Heather ainda dirigia, em uma linha reta e devagar.

Olhei para baixo, mordendo meu lábio inferior, pensando em alguma coisa.

— Está muito tarde e perigoso, as ruas estão vazias e olha, está bem frio também.— Continuo, com a minha laboriosa tarefa em tentar convencê-lo. Eu queria de algum jeito estar no mesmo ambiente que ele, respirar do mesmo ar ainda que fosse com mais de meio metro de distancia. Queria sentir sua presença, contemplar apenas a sutil sensação de que ele estava ali, ver a penumbra da sombra da sua existência.

Ele anda mais um tanto, depois, detém seus passos. Heather pisou de uma vez no freio.
Scott olhou para cima, vendo os flocos de gelo que caiam do céu como pequenas pérolas sobre seu corpo magro, e depois, para as ruas carentes de pessoas que parecia um verdadeiro tesouro de neve acumulada. Parecia relutante a tomar uma decisão final.

— Anda logo! Vem! — Heather me olhou, os olhos arregalados. Ele se deu por vencido e correu na direção do carro.

— Você é i-na-cre-di-tá-vel. — Ela sussurrou olhando fixamente para mim, como um sermão. A porta de trás é aberta por Scott e seu corpo espantosamente alto, é jogado no banco.— Cinto.— Espiou pelo retrovisor o rapaz sentado agora atrás dela, enquanto ele fechava a porta com um solavanco.

Scott passou a mão direita na cabeça, e tirou o capuz, revelando seu cabelo angélico e caótico, um emaranhado de fios dourados. Depois obedeceu-a, colocando o cinto em volta de seu tronco.

— E então... onde você mora? — Colocando o carro em movimento novamente, com as duas mãos no volante a segura-lo firme, Heather olhava para Scott pelo retrovisor, esperando por sua resposta.

Cigarette Daydreams [ book one ]Onde histórias criam vida. Descubra agora