Capítulo 13

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Betty:

Sinto a claridade do quarto incomodar meus olhos, me viro para o outro lado e escondo o rosto no travesseiro.

Jishuo me segurando contra seu corpo me vem a mente, em seguida seus cabelos balançando enquanto se movimentava.

- Ah!

Me sento na cama, olho em volta e não o encontro em lugar nenhum, desço da cama e abro a porta do banheiro com cautela, mas ele também não está lá dentro.

Será que ele teve que sair?

Penso por alguns minutos, ainda parada em frente a porta do banheiro.

As missões!

Sinto algo em minha perna, olho para a mesma e corro para o banheiro para tomar banho.
Saio com pressa, pegando o primeiro macacão que encontro no guarda-roupa embutido na parede, corro para fora e desço as escadas rapidamente, encontro algumas mulheres comendo na cozinha juntamente com Katara.

- Qual o motivo dessa agitação, Betty?

- Eu... As missões...

- Não se preocupe, digamos que você está de... Qual é a palavra mesmo? Férias! Isso!

- Como que férias? - Pergunto confusa.

Katara vem até mim e fala baixo para que apenas eu a escute.

- Jishuo ficou preocupado com sua segurança e preferiu não te levar.

- Quem é ele para decidir algo por mim?

Sinto raiva e decepção.

Pego uma fruta estranha na mesa e me sento no sofá, comendo em total silêncio.
Pit aparece entre as pernas das mulheres, se aproxima do sofá e pula no meu colo.

- Pit!

Ele coloca a língua para fora, como se estivesse sorrindo.
Acaricio sua cabeça.

[...]

Giro a tjin e a mesma faz um clic, revelando seus dois lados, giro mais uma vez e a jogo em uma árvore pintada como alvo, em vermelho e branco.

- Tudo bem?

Olho para Katara, que está sentada com Pit no colo no enorme jardim atrás do dormitório.

- Mais ou menos.

Vou até a árvore, seguro a tjin com as duas mãos e a puxo com força, indo para trás ao conseguir tira-la.

- O que houve?

- Ele não deveria achar que manda em mim, eu sei dos riscos de estar nessas missões e mesmo assim decidi me envolver nisso tudo.

- Você tem um bom coração e se importa com as pessoas, como Abbi. Jishuo sempre foi um bom Capitão e acha que tudo e todos podem ser comandados por ele, entende?

- Acho que sim.

- Ele ainda está aprendendo muitas coisas com você.

- Comigo?

- Sim, dá última vez que brigaram ele se sentiu mal e resolveu se afastar um pouco para te deixar pensar.

- Oh, que cavalheiro da sua parte.

- Não é de seu feitio se desculpar, mas ele o fez, não?

- Fez?

- De seu modo, mas fez.

Giro a tjin novamente, fechando-a e a coloco em meu macacão.

- Eu queria conseguir entende-lo, mas sinto que não consigo, por mais que eu tente.

- Sei que vai conseguir.

- Assim espero.

- Tem algo que gostaria de fazer para se acalmar?

- Pode me ensinar alguma coisa?

- A única coisa que eu acho que posso te ensinar de interessante é defesa e ataque.

- Quer dizer, luta?

- Exato. Quer?

- Quero.

Ela coloca Pit no chão, se aproxima de mim e coloca seu pé direito um pouco a frente do esquerdo.

- Primeiro seu apoio.

Repito a mesma coisa que ela fez com os pés.

- Você pode usar suas mãos ou pés, até mesmo os dois, qual jeito preferir.

- Os dois.

- Certo, mas antes precisamos aprender cada um e depois junta-los. Vamos começar com as mãos.

Ela levanta suas mãos, como se estivesse se posicionando para atacar, então repito sua posição.

- Suas mãos devem acertar o oponente com força e rapidez.

- Certo.

Katara ergue ainda mais sua mão direita e avança na minha direção, tentando me dar socos.
Dou um pulo para trás e tento me defender com minhas próprias mãos.

- Você sabe se defender dos meus ataques, isso é bom.

- Acho que sim.

Acabamos por nos distrair quando ouvimos vozes femininas e Pit latindo com animação.
Eu acabo batendo as mãos na barriga de Katara e ela na minha testa.

- Aí!

Olho para as mulheres nos observando enquanto coloco a mão na testa.
Todas sorriem e se sentam na grama para continuar nos observando.

- Pronta para continuar?

Olho novamente para Katara e sorrio.

- Claro.

Continuo me defendo enquanto ela me ataca, até ficar suada e cansada.
Paro e me jogo na grama, Katara apenas sorri.

- Isso foi cansativo.

- Confesso que foi.

Katara me estende sua mão e com sua ajuda me levanto.

- Que tal se comessemos algo diferente hoje? - Sugiro.

Todas as mulheres sentadas na grama se levantando e Karina se aproxima de mim.

- Como o que?

- Talvez algo que seja mais a cara da Terra.

- Seria legal.

- Mas tem que ser com todas juntas, assim é mais divertido.

Todas concordam e assim entramos no dormitório, indo para cozinha.

- Mas, tipo o que?

- Tipo... Uma carne de panela com batata?

- Sim!

- Então, precisamos de uma carne macia e algo parecido com batata.

Vejo uma mulher loira de olhos azuis, que não me lembro o nome, pegar uma travessa com uma carne da geladeira e Karina procurar no armário por temperos.

#Revisado

Alien de Jinsck - Trilogia EspaçoOnde histórias criam vida. Descubra agora