Capítulo 3

1.9K 375 97
                                    

Giovani

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Giovani


A casa estava limpa e vazia, sinal claro da passagem de Viviane por ali, pois a última vez que entrei aqui estava tudo sujo e bagunçado. Vasculho cada canto a procura de algum indício, mas só achei o celular de Sara sobre o criado mudo do quarto.

Fui sondando os vizinhos, até que descobri que ela havia feito a troca dos euros com o rapaz no mercado onde trabalhava. Ele não para de se vangloriar por ter ganho facilmente uma boa grana. Minha vontade era matar ele. Duas imprudentes, totalmente.

Fiquei na casa, mesmo a contra gosto, aguardando a volta dela, pois sei que vai voltar, algo me diz que vai, de todo jeito tem uma casinha abandonada que sempre ficava quando vinha a mando de Viviane, é longe de tudo e de pessoas. Lá guardei armas e algumas coisas.

Fico de olho o tempo inteiro na pequena rodoviária da cidadezinha, sei exatamente os horários de partida e chegada de cada ônibus, vai ser fácil, vou esperar ela, e segui-la.

Não demorou nem dois dias, logo vi quando Sara desceu do ônibus, trazia uma bolsa nas costas e nas mãos uma garrafa pequena de vodka. Me mantive escondido atrás de uma pilastra. Olhou ao redor, vi que estava um pouco alta, tomou o restante do conteúdo da garrafa e jogou dentro do lixo a embalagem vazia.

Continua bebendo. Será que ainda está se mutilando? Contraio meu maxilar, já é quase noite. Ela vai andando a passos lentos. Pega o telefone e fala com alguém durante alguns minutos, desliga e liga para outra pessoa, acelera o passo. Acho que sabe que está sendo seguida. Droga.

Paro, atravesso a rua e fico embaixo de uma árvore, ela segue, olha para trás algumas vezes, mas continua, chega em casa, consigo ver quando puxa a chave e abre a porta. Do outro sentido da rua, vejo o rapaz do mercado, junto com mais dois caras.

Me aproximo mais, eles entram, olham ao redor, não há ninguém na rua, as casas são um pouco afastadas. Puxo a minha pistola e coloco o silenciador. Assim que ela abre a porta eles a empurram. Vão roubar o dinheiro. Como pode ser tão burra?

Me aproximo da casa.

⸺ Me solta! ⸺ A voz dela me alcança ainda do lado de fora.

⸺ Segure ela. ⸺ É o cara do mercado. ⸺ Achei a grana. ⸺ Chego até a porta e o vejo próximo a cozinha.

⸺ Tem quanto aí, Júnior? ⸺ O mais alto do trio pergunta, segurando Sara pelo braço, ela se debate tentando se soltar.

⸺ Muita grana. ⸺ Mostra a bolsa, ficam rindo. ⸺ Vamos aproveitar ela.

⸺ Não, por favor não! ⸺ Atiro no mais próximo, que cai aos pés de Sara, ela grita e arregala os olhos ao me ver, um deles à solta e corre chocando o corpo contra a porta dos fundos, a madeira não resiste e quebra com o peso, ele corre. O outro se encontra atrás de Sara, fazendo ela de escudo, encaro os dois durante um segundo. Entro, e sigo o que saiu pelos fundos, ele está meio preso entre a cerca, puxo ele pela camisa, atiro.

[DEGUSTAÇÃO] Um Italiano Pra Chamar de Meu (Spin-off Perigo)Onde histórias criam vida. Descubra agora