Quebrada, perdida e quase irrevogavelmente solitária era como Monique Price se sentia quando se mudou para a pequena cidade de Healdsburg após os acontecimentos traumáticos de seu passado. Vendo-se obrigada a se estabelecer naquele lugar tão novo e...
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Um estrondo.
Um grito.
Um chamado.
Minhas pálpebras se abriram instintivamente. Foi como se eu já soubesse o que estava por vir quando algo se partiu em meu interior.
E, mesmo com toda minha visão obscura, com todo o meu corpo trêmulo e com meu coração quebrado, eu saí de minha cama. Ainda sabendo o que iria encontrar, eu segui em frente.
Atravessei o corredor até chegar ao quarto em frente ao meu, deparando-me com a porta recostada.
Então, congelei.
Não estava pronta para o que estava por vir.
Não estava pronta para ver toda minha vida se esvaindo de meu controle sem que eu pudesse fazer absolutamente nada. Não queria enfrentar tudo o que sabia que teria de enfrentar a partir do segundo em que visse.
Em que a visse, embora já não fosse mais ela.
— MONIQUE, PORRA.
Fechei os olhos enquanto o grito de Tyler começava a ecoar em minha mente tantas e tantas vezes. Não, eu não estava preparada, tinha a total certeza.
Contudo, minha mão, sem um único comando consciente, avançou para a porta que estava à minha frente, empurrando-a com a maior hesitação que um dia poderia sentir.
E eu não estava mesmo pronta para confrontar o que estava a pouco mais de três metros de mim.
O vômito.
Os olhos vidrados e sem vida.
A pele pálida, já mórbida.
Foi então que Tyler, segurando a cabeça de minha mãe com uma mão e discando para a emergência com a outra, virou-se para mim.
— O que você fez?
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Acordei com o despertador, e foi quase como se pudesse sentir meu coração saindo pela boca.
Às cegas, procurei o copo de água em minha mesa de cabeceira, o qual sempre guardava para momentos como esse.
