Capítulo 22

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- Tou. - digo assim que atendo a chamada. Olho para o relógio e vejo que são três da manhã, talvez seja o diabo a avisar que a minha suite tá pronta.

- Estou a ligar da delegacia, sou o detetive Kennedy e estou a ligar porque tem aqui um moço chamado Chris Martinez.

Sei que conheço esse nome de algum lado, mas de onde?

- Por acaso não é um rapaz que tem um par de asas tatuadas na parte de trás do pescoço?

- Esse mesmo senhora. - respondeu o homem.

- Em meia hora estou ai. 

Chris Martinez, conheci o a um ano quando o encontrei num bar com a cara cheia de hematomas, pelos vistos o pai o fazia de saco de pancadas. Na altura ele não aceitou a minha ajuda então deixei o meu numero com ele caso ele precise de ajuda. 

Levanto da minha preciosa cama e tento fazer o mínimo barulho para não acordar Noah. 

Visto umas calças militar e uma camisola branca de mangas e as minhas típicas botas militares. Pego nas chaves da minha pick up e dirijo até a delegacia.

- Onde esta o puto? - pergunto assim que chego ao local.

- Ele esta a responder a algumas perguntas. - disse um homem fardado. - Sou detetive  Kennedy, suponho que sejas Vee Collins. 

- Prefiro Riggs. - digo com um sorriso amarelo. - Que problemas o puto se meteu?

- A alguns dias um professor fez queixa do pai do miúdo e hoje ele foi preso. Íamos levar o miúdo para um centro de adolescentes até sabermos o seu destino, mas ele disse que você podia ajudá-lo, por isso ligamos para a senhora. - sei que tenho 30anos, mas não tou tão velha assim para me chamarem de senhora.

- Claro, ele pode ficar comigo até o assunto tiver tratado.

- Vou precisar de alguns dados da senhora. - disse o detetive.

- Eu juro que se voltar a me chamar de senhora eu dou lhe um tiro bem no centro da sua cabeça. - e ameaço sem me importar se ele é polícia ou não.

- Sabe que posso a prender por estar a ameaçar um polícia não sabe?

- Claro que sei, não tive durante 12 anos a matar terroristas e criminosos para não saber pelo menos o básico de ser policia.

O homem olha para mim de olhos arregalados e a sua mão vai direta para a arma presa a cintura.

- O que é você?

- Atiradora de elite Vee Riggs. - respondo estendendo a mão para ele. - não tenha medo eu só mato os maus da fita.

Vejo o homem engolir em seco e mandar me o seguir.

Algum tempo depois Chris aparece com a cara cheia de hematomas e alguns cortes. 

- Tenho a certeza que as meninas caiem todas aos teus pés só para poder cuidar da tua linda cara. - digo quando ele chega a minha beira.

- Que posso dizer sou gostoso até com a cara roxa. 

Nego com a cabeça e passo o meu braço pelos seus ombros.

- Espero que não tenhas sono pois ainda não vamos para casa. afirmo indo para a saída. 

- Então?

- Que achas de ir comer alguma coisa?

- Por mim tudo bem. - respondeu entrando na pick up.












- Então és casada com o lutador Noah Reynolds. - disse ele como se não tivesse interessado.

- Por favor diz que não és fã dele.

- Não, eu prefiro futebol americano do que luta, mas alguns rapazes da equipa são e um dia falaram de ti.

- E o que disseram?

- Para além de terem dito milhares de vezes que és gostosa, não sei como também descobriram que estudaste na minha escola. - disse ele olhando para o seu hambúrguer.

- Verdade, eu estudei na Beacon High. - digo antes de levar a garrafa de cerveja a boca. - foram bons tempos. 

- Segundo o anuário do teu ano eras a rebelde. - disse ele rindo.

- Podia ser a rebelde e a que ia sempre parar a sala do diretor, mas era a que tinha as melhores notas. - digo apontando o dedo na cara dele.

- Como era a escola naquele tempo? 

- Era diferente, os professores eram mais rígidos, mas ao mesmo tempo entravam na brincadeira dos alunos. Lembro que as senhoras do refeitório contavam sempre as fofocas aos alunos. - digo lembrando da minha adolescência.

- É verdade que o treinador Alfred te tratava como uma filha? 

- O treinador Alfred é meu tio. 

Chris olha para mim surpreso e fica a analisar a minha cara.

- Vocês são parecidos em relação ao humor. - deu de ombros me fazendo rir.

- O Weatherbee ainda é o diretor? - pergunto com um sorriso do gato da alice do pais das maravilhas.

- Éééé. - disse receoso.

- Parece que segunda eu vou te levar as aulas e quem sabe reviver os velhos tempos. 

Depois da GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora