(Atualizado)
P.O.V Caroline ON:
Aquele hospital me causava uma sensação horrível.
A última vez em que estivera ali foi quando me despedia do meu pai. E lembrar-me dele tão debilitado, tão frágil, era uma verdadeira tortura!- Que bom que você está bem, foi um baita susto. Espero que melhore logo! – Eu disse quando Stella se afastou para que eu pudesse ver o Theo.
- Obrigada Carol. – Theo agradeceu.
Apesar de ficar aliviada por saber que ele estava bem e saber que eles haviam se resolvido, estar ali era muito ruim. Parecia que a qualquer minuto eu ia perder totalemente o ar. A cada instante meu peito apertava mais e mais. E eu sentia um gosto amargo na boca.
Eu precisava tomar um ar, aquele quarto me lembrava do meu pai, e de tudo que vivemos antes dele nos deixar. Sentia o cheiro dos remédios, o cheiro do perfume que ele usava todo dia, para se sentir mais vivo. O seu olhar, seu corpo enfraquecido. Meu coração estava acelerado, e eu sentia muito enjoo, as imagens vinham à minha mente, fazendo com que tudo girasse ao meu redor.
- Com licença, vou deixar vocês a sós. – Pedi e sai do quarto deixando minha mochila e todos meus pertences para trás.
Encostei na parede tentando controlar a respiração, e a tontura, eu precisava sair dali, andei até o final do corredor tentando fugir da sensação, os flashes do meu pai morrendo vieram mais fortes, e de repente escutava o som da máquina apitando a falta de batimentos cardíacos. O som aumentava a cada segundo e eu não podia mais ouvir nada além daquilo. Corri cambaleando até uma porta, me lembro vagamente de ver uma placa na porta, mas não conseguia ler o que estava escrito. Então empurrei a porta fortemente, subi alguns lances de escada e avistei mais uma porta, mas dessa vez bem maior e enferrujada. Corri até ela e a empurrei com toda minha força. Mas fui surpreendida, já que a porta já estava aberta e eu cai de joelhos no chão.
- SEGURA A PORTA! – Escuro enquanto a porta se fechava atrás de mim.
Ainda no chão, me virei para segurá-la, mas a mesma já havia fechado, com um som alto de estrondo. Então me levanto para procurar a voz que havia gritado. Olho para todos os lados e não vejo ninguém, então volto para a porta.
- Será que eu estou bem? - Penso.
- Misericórdia. - levo um susto. Ali estava o provável dono da voz. Era um rapaz todo de preto, um moletom maior que ele que cobria sua cabeça com um capuz. Ele começou a puxar a porta com muita força, fazendo um barulho alto. Me afastei para que ele não esbarrece em mim.
- Estamos presos? – Questiono me sentindo culpada. – Me deixa ajudar. – Digo depois de alguns instantes vendo que ele estava desesperado para sair. Me aproximo, mas ele me empurra com o corpo e eu acabo caindo no chão.
- Ei, você está louco?!
Ele ficou completamente imóvel por alguns segundos e depois socou a porta com força. Levei um susto enorme, dando um breve pulo. Ele então se virou e me encarou com raiva e eu pude o reconhecer; era Josh, o irmão mais velho de Theo.
- Você não leu a placa? – Ele me olhava e eu só podia perceber o quão seus olhos expressavam angustia, mas ele insistia em ficar bravo, provavelmente tentando anular seus outros sentimentos.
- Você não vai se desculpar? Digo me levantando e limpando o pó da minha roupa.
- Porque você deixou essa merda fechar? Essa porta não abre por fora, só por dentro. - Disse ele ignorando completamente minha pergunta.
- Me desculpe, eu não sabia. Não deu tempo de ler, eu só...
Ele se voltou para a porta e continuou puxando bruscamente como se a qualquer minuto ela pudesse abrir magicamente enquanto eu o analisava.
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mau caminho
Teen FictionCaroline é completamente controladora quando se trata do seu próprio futuro. Após perder seu pai coloca sobre si a responsabilidade de dar uma vida próspera para sua família. Com 16 anos é a menina mais dedicada e inteligência de sua escola. Sempre...