mau caminho

Um nome

P.O.V Josh ON:

* Três dias depois da fuga *

3 dias depois de ter saído da cidade, caiu a ficha do que eu tinha deixado pra trás... De certa forma, era bom me livrar daquela cidade de lixo. Mas eu não poderia ver Theo durante um tempo, minha família teve que deixar tudo para trás, casa, emprego. Eu era um lixo, por fazer isso com eles.

Sany teve o controle da minha vida. Mesmo após nosso término, sempre que eu me aproximava de alguém, que ela via como "ameaça", ela tirava a pessoa de perto de mim através de ameaças ou planinhos.

A verdade é que eu sempre senti medo do que ela poderia fazer contra minha família, já que ela era uma das poucas pessoas que sabiam minha verdadeira história de vida, sabia do meu envolvimento no crime desde muito novo e isso poderia recair em todas as vezes que meu pai adotivo me tirou de enrascadas da polícia, nunca pude fazer nada para parar ela. Apesar de me incomodar ver Sany importunando outras meninas por minha causa, eu nunca pude reagir, não era um incômodo tão grande, eu só me afastava e com o tempo eu não sentia mais vontade de me aproximar de ninguém, ninguém era tão interessante ao ponto de eu querer me aproximar, afinal elas não ficariam na minha vida mesmo.

Mas... com a Caroline... De alguma forma, eu não conseguia, por mais que me esforçasse muito, eu não conseguia permanecer longe, nossa proximidade, ainda que pouca, aconteceu naturalmente, sem que eu pudesse perceber o que estava acontecendo. Se eu soubesse o que isso ocasionaria, eu nunca teria me aproximado.

Mas ver Carol sofrendo e os seus sonhos sendo destruídos, perdendo a vontade e motivação de fazer as coisas, isso era um tormento, um fardo que eu não poderia carregar, nem permitir de continuasse...

Eu soube, no dia em a vi pela primeira vez, que ela era uma garota muito machucada, mas com vontade de viver, isso me incomodava nela, sua esperança em um futuro melhor, mesmo com tudo que ela passava, mas também era sua característica mais pura. E a última vez que a vi, ela já não era mais a mesma.

Eu precisava devolver isso a ela. Mas para isso, eu precisaria sair totalmente da sua vida, uma pessoa tão ferrada como eu, não poderia ficar na vida dela.

...

- Merda. – Gritei irritado por tudo que estava rodeando minha cabeça. Eu precisava dar um jeito naquela situação toda, pelos meus pais e pelo Theo. Para eles voltarem e terem suas vidas de volta.

...

- Laura. Preciso de um favor.

- Outro? – Ela perguntou ironicamente enquanto terminava de empacotar a encomenda que eu teria que entregar.

- Preciso que você vá a minha antiga cidade e veja uma pessoa.

- É sério? Mas sua família não saiu da cidade? – Ela questionou.

- Não é ninguém da minha família.

- Você sempre me pede coisas impossíveis. - Ela falou bufando e me entregando o pacote.

- Você sabe que eu vou pagar!

- Me da o nome, uma foto e o local.

Dei a ela uma foto da Carol, a única que tinha revelado, era uma foto que havíamos tirado, eu Carol, Theo e Stella no sitio da minha família. Anotei o local da casa na parte de trás da foto.

Ela analisou, deu uma risada ironica e saiu.

Eu não ia mais me aproximar. Já tinha me decidido, mas eu também precisava saber se ela estava bem, se estava se recuperando de tudo que tinha passado.

Coloquei a jaqueta e sai com a moto para entregar às drogas que Laura tinha vendido. Laura não era como Falcão, ela fazia faculdade, mas não tinha família e para pagar sua faculdade, casa e seus vícios, ela vendia drogas que ela mesma plantava e produzia na sua casa.