Destinos Cruzados (Romance Lésbico)

Capítulo 10

Katherine

Minha vontade era de ir atrás desse tal de Lucas e lhe ensinar como uma mulher deve ser tratada. Júlia era uma das melhores pessoas que eu já tinha conhecido na vida, e ela se submeter aquele idiota me tirava do serio.

As marcas nos braços dela eram roxos enormes e quando ela me disse que ele tentou transar com ela a força, tive que contar até 10 pra não ir atrás daquele homem escroto.

Agora ela estava deitada no meu colo dormindo serenamente enquanto eu fazia cafuné em seu cabelo. Ela tinha cozinhado para mim, em agradecimento por tudo o que eu fiz por ela. Mas a verdade era que ela tinha mudado minha vida.

No momento que eu estava mais para baixo ela apareceu e agora eu não conseguia tira-la da minha cabeça e nem queria. Ela era uma menina muito especial em todos os sentidos. Eu queria beija-la, ama-la da forma como ela merecia.

Levantei do sofá e falei no seu ouvido  que ela devia deitar na cama para não pegar um torcicolo. Vi o corpo dela arrepiar todo com a minha fala. Ela acordou um pouco sonolenta e foi para o quarto.

No outro dia, acordei tomei meu banho e fui para a cozinha fazer ao menos um café para nós. Chegando lá encontrei quase um banquete preparado por Júlia.

- Não sabia o que você gostava então preparei varias coisas. - disse ela.

Que mulher era essa, eu podia contar nos dedos em 8 anos quantas vezes Roberta tinha preparado o café para nós duas.

Sentei a mesa e tomamos café.

- Preciso passar em casa pegar uma roupa. - disse ela.

- Eu te acompanho se você quiser. - falei. Não estava nos meus planos deixa-la sozinha com aquele idiota.

Fomos até o apartamento deles e fiquei esperando na sala enquanto ela ia trocar de roupa. Não havia sinal do idiota e Júlia me disse que a cama estava intacta então ele não passou a noite em casa. Como ela suportava aquilo eu não conseguia entender.

Ela colocou uma blusa de manga para esconder os braços e uma saia, estava linda. E não consegui me conter assim que ela entrou na sala.

- Linda. - falei e as bochechas dela rurborizavam. Eu achava tão fofo quando ela ficava envergonhada.

- Vamos? - disse ela.

- Vamos.

Chegamos na emissora e logo fomos recebidas por várias coisas para resolver. Para piorar minha secretaria tinha ficado doente e minha agenda estava uma bagunça.

Júlia se voluntariou para organizar tudo, mas eu rejeitei não era a função dela, mas mesmo assim ela organizou tudo.

- Parece que ha um problema na recepção os seguranças pediram pra te chamar. - disse Júlia entrando na minha sala.

- Mais um problema. - bufei.

Olhei pela janela e tinha um homem gesticulando lá embaixo. Julia observou comigo pela janela.

- Lucas. - disse ela.

- Aquele lá embaixo é ele? - perguntei.

Ela confirmou com a cabeça, descemos as duas apesar de eu pedir para ela ficar que eu resolveria sozinha.

O segurança colocou Lucas em uma sala, ao entrarmos ele foi logo levantando e indo até Júlia.

- Cadê você em casa? Eu disse que esse serviço ia nos separar. Vamos embora agora. - berrava ele.

O cheiro a álcool exalava forte vindo dele.

- Em primeiro lugar o senhor mantenha o tom de voz, isso é uma emissora seria e você não tem direitos aqui. - falei.

- Tenho sim, ela é minha. Não sei o que vocês botaram na cabeça dela, mas o lugar dela é cuidando da NOSSA casa, não aqui. - insistia ele.

- Eu vou pedir para o senhor se retirar ou vou chamar os seguranças. - falei.

Ele foi até Julia a segurou pelo braço a puxando e gritava que eles iam para casa naquele momento.

Eu estava tentando me manter calma, mas aquilo foi o cúmulo para mim.

- Solta ela agora, e vou lhe dizer mais. Se ela aparecer aqui com qualquer machucado que for por mínimo que seja eu vou atrás de você no inferno. - bufei.

- Quem você pensa que é para falar comigo nesse tom. - disse ele.

- Diretora geral, agora daqui.

Ele me olhou e logo largou o braço de Julia. Chamei o segurança e ele o arrastou para fora da emissora.

- Desculpa por isso. - disse Júlia com lágrimas nos olhos.

Se ela soubesse como me cortava o coração vê-la desse jeito.

- Você não tem culpa de nada. O culpado de tudo isso é aquele infeliz. - falei a recebendo em meus braços.

Ela me abraçou e senti seu corpo desabar sobre o meu. Lágrimas brotavam dos seus olhos e eu só queria protege-la. Assim que ela se acalmou voltamos até a minha sala e eu a ajudei a retocar a maquiagem.

Perguntei se ela queria tirar o dia de folga e ela não aceitou disse que queria ocupar a cabeça. Continuamos trabalhando e no final do dia eu percebi que a cara dela não era das melhores.

- Você pode ficar o tempo que quiser la em casa. - falei.

- Eu não quero abusar. - disse Júlia.

- Você não incomoda e eu ainda me aproveito dos seus talentos culinários. - brinquei.

Fomos para a minha casa, graças a ela minha geladeira estava cheia e ela podia escolher o que cozinhar. Fui para o meu quarto tomar banho e escutei Júlia me chamar. Saí do banheiro rapidamente só de toalha temi ter acontecido alguma coisa.

- Desculpa. - disse ela ao meu ver de toalha e suas bochechas ficaram vermelhas.

- O que foi? - perguntei.

- Queria uma roupa sua emprestada, as minhas estão sujas e não tive como lavar. - disse ela.

- Não tem problema. - falei indo até o closet e abrindo as portas para ela escolher o que quisesse. Como ainda estava molhada, acabei escorrendo na toalha e caindo no chão.

Júlia veio em minha direção para tentar me levantar e minha toalha acabou caindo, me deixando completamente nua na sua frente. O rosto dela parecia um pimentão, mas para minha surpresa ela não baixou os olhos, analisou todo o meu corpo nu a sua frente e eu podia jurar que tinha visto um fio de desejo neles.

Me Belisca - Dilsinho

Toda arrumada quando sai de casa você fica linda
De cara amassada descabelada ai é covardia
Como faz pra ganhar esse seu sorrisão
Me diz que eu faço todo dia
Eu sempre falei amor não existia
Ai você vem pra mudar a vida adivinha
De quem, a minha

Oh oh, me belisca por que eu devo estar sonhando
Você chegou tão de repente e eu já te amo
Eu te faço bem você também me quer e já me chama de amor