Prólogo

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Músicos tocavam uma melodia melancólica, alguns convidados moviam o corpo numa dança lenta. O Salão Cerimonial estava suntuoso, a decoração estava a altura do homenageado: o rei.

Taças de cristal tilintavam com brindes. Comidas caras eram servidas em bandejas de ouro. A elite de Soberania trajava roupas exuberantes. Acompanhando a música estavam as gargalhadas, o som dos apertos de mãos e um estranho burburinho.

Os convidados do Rei Solis festejavam seu aniversário, sem suspeitar que uma mulher misteriosa esgueirava-se entre eles: uma convidada usando um belo vestido preto — uma serpente rastejando, prestes a dar o bote.

Um homem de armadura ouviu atentamente as ordens do rei. Em seguida, o guerreiro correu, esbarrando no ombro de alguém. Desculpando-se, ele voltou a apressar o passo.

Sentado no trono, o rei segurou a mão de sua rainha, que o acompanhava.

— Me daria a honra desta dança, majestade? — indagou o rei para sua esposa.

Ela respondeu baixo, palavras ditas com rispidez. Os olhos dela percorriam todo o recinto, procurando alguém na multidão.

De repente, um movimento brusco no meio dos convidados que dançavam, chamou a atenção de todos. Vidro se estilhaçou no carpete. Um grito sufocado emergiu do meio do salão. Caos caiu sobre a festa do rei. Os guerreiros correram na direção do tumulto. Mas, era tarde demais.

O rei Solis estava morto.

Uma adaga cravada em seu peito. O sangue respingando sobre o trono. Naquele instante, a multidão encarou a convidada misteriosa.

A menina amada e acolhida, pois dias antes salvara o rei, agora usurpava-lhe a vida.

Seu nome era Luna. 

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