Capítulo 1

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  Meu nome é Debora e tenho 24 anos.
Quando pequena vivia numa casa em Haddonfield. Um dia meus pais estavam indo a uma festa e me deixaram sozinha em casa, achei super legal pois poderia fazer tudo que eles não deixavam quando estavam presente, de noite recebi uma ligação da polícia dizendo que meus pais estavam mortos, me arrependi amargamente de ter comemorado quando eles saíram, disseram que em meio a festa um homem entrou e matou todos que estavam lá. Desde então ando sem rumo, papai e mamãe haviam partido e não sabia como viver a vida sem eles.
Desde os meus 12 anos vivo sozinha e cuido de mim, hoje trabalho em uma mercearia ao lado de minha faculdade, não ganho muito, mas é possível viver.
Você que está lendo esta fic deve está se perguntando "Mas o que isso tem haver com o título?" Absolutamente nada, só queria explicar o clichê da infância no começo da história.

   Tudo começou no meu aniversário de 24, um homem de máscara branca não parava de me encarar do lado de fora de minha casa, eu confesso que fiquei meio incomodada, mas a casa estava cheia de amigos e colegas de trabalho e faculdade, além dos amigos de infância cujo um deles era o Richard, um homem moreno, 34 anos com cabelos arrepiados e olhos castanhos, era meu melhor amigo desde sempre. Brincávamos de polícia e ladrão quando criança e hoje ele é um verdadeiro policial, com ele me sentia segura. Durante toda a festa o homem misterioso não parava de me encarar pela janela, andei em direção a ele e quando cheguei perto da janela ele foi em bora.

"Que cara mais estranho" pensei.

   Voltando para o centro da festa dançando com o pessoal, percebi que aquela figura havia aparecido de novo, mas não deixei isso me abalar, esse era meu dia, o cara lá fora deveria estar tentando me assustar apenas isso.
Quando tudo terminou, Richard me ajudou a arrumar a casa, ele foi ao banheiro antes de se despedir e ir em bora. Depois de um tempo estranhei a demora então o chamei

- Richard? Tudo está tudo bem aí?

Subi as escadas que me guiava até o banheiro, não ouvia nada, nem um simples suspiro. Bati na porta perguntando se estava tudo bem, e a porta se abriu, ao entrar vi seu corpo estirado no chão do banheiro, com seu pescoço cortado e seu sangue preenchendo o box como se fosse um tapete vermelho. Entrei em desespero e comecei a gritar por ajuda, quando fui ligar para a polícia o mesmo homem de máscara que antes me observava pela janela da sala, agora estava ao meu lado segurando uma faca cheia de sangue e olhando pra mim. Desliguei o celular chorando paralisada de medo, olhei para ele, seu olhar era vazio. Olhei para o corpo e olhei novamente pro assassino mas ele não tava mais lá, simplesmente sumiu sem deixar vestígios, eu não sabia o que fazer, não havia mais ninguém em casa, apenas eu e o corpo de Richard, a polícia iria me acusar de homicídio pois eu não tinha provas que dissesse o contrário.

   Coloquei uma toalha para estancar o sangramento e levei o corpo para os fundos da casa onde o enterrei, voltei pra dentro e lavei o banheiro. Não consegui dormir naquela noite, sabendo que o corpo de meu melhor amigo estava no fundo de meu quintal.

No dia seguinte fui atrás de minha amiga, ela era a única pessoa que eu poderia confiar em uma situação dessas. Layane era minha confident, e estaria comigo até o fim, mesmo se eu tivesse matado realmente alguém, ela se arriscaria por mim.
Chegando na casa da Lay eu só sabia chorar e não conseguia falar direito.

Lay sem entender nada disse:

- Toma, bebe um pouco de água e se acalma.
  O que houve? Alguém te machucou? Por que está nesse estado?

Após me acalmar eu comecei a explicar, e minha amiga também começou a chorar. Richard era um homem bom, não teria como ter inimigos a esse ponto. Depois de contar tudo que aconteceu desde a festa, Layane foi pesquisar sobre o tal homem de máscara. Descobriu que seu nome era Michael Myers, eu sabia um pouco sobre sua história, e isso me apavorou mais ainda.

O lado romântico de Michael MyersOnde histórias criam vida. Descubra agora