𝗦𝘁𝗮𝗹𝗸𝗲𝗿 | bughead . ✓

bico fechado - thirty two.

Ouvimos a voz do piloto por toda a extensão do avião, avisando que estávamos chegando perto da hora de pousar e nos deu algumas instruções.

O avião pousou e desembarcamos do mesmo, logo no hall do aeroporto, o pai de Jughead estava nos esperando.

— Como foi a viagem? — pergunta Fp.

— Foi ótima. — respondemos em uníssono.

— Onde está minha mãe? — pergunto.

— Não a vi hoje.

Saímos do aeroporto e entramos no carro, Fp nos deixou na minha casa.

— Quero te mostrar uma coisa no meu quarto...

Estava levando Jughead ao meu quarto, até que vejo que minha mãe está na sala chorando.

— O que aconteceu, mãe? Por que não foi pro aeroporto?

— Desculpa Betty, eu não queria ter feito isso...— diz entre soluços.

— Feito o que?

— M...m...matado, Betty. Eu não queria ter feito aquilo....

— Mãe, me explica o que tá acontecendo por favor.

...

Estamos —minha mãe, Jug e eu— no quintal da minha casa, de frente para minha antiga casinha de plástico. A única diferença da época de criança para agora, é que antes haviam bonecas aí. Agora há um cadáver. Um. Cadáver.

— Mas que porra é essa? — pergunto.

— Esse homem... chegou aqui em casa querendo meu dinheiro e eu lasquei uma frigideira na cabeça dele. Passou um tempo e ele acordou, só que dessa vez ele não queria meu dinheiro. Ele queria minha vida. Me matar.... Aí acabei fazendo essa besteira...

— Ai minha nossa senhora...

— O que eu vou fazer? Eu vou ser presa, uma pecadora, vou pro inferno. Ô meu Jesus, tem misericórdia de mim, e se esse homem tiver família?

— Calma, Sr. Cooper...eu tenho certeza que esse bandidinho de merda não tem família, e se tiver, foi um alívio pra ela. Não se preocupa, eu ajudo vocês nessa enrascada...posso chamar meu pai?

— Se for pra ajudar, sim...— diz ainda chorando.

{🕖}

Depois de Jughead ter ligado para seu pai, Fp ficou sozinho com o cadáver enquanto fomos ao Pop's, para esperar ele terminar seu trabalho, seja lá o que ele estiver fazendo.

Ouvimos o som do sino do Pop's, indicando que alguém entrou no local, era Fp.

— E aí, conseguiu se desfazer ou algo do tipo? — pergunta minha enquanto Fp senta na mesa.

— Sim. Em pouco tempo não sobrará nada.

— Tá cheirando mal, pai.

— São as substâncias químicas...vamos pra casa? Já tá tarde. E vocês dois, — diz apontando para mim e Jughead— não comentem, nem lembrem e nem ousem falar nada sobre essa noite, bico fechado, ok?

— Ok. — falamos juntos.

Naquele dia, eu não era mais a garota inocente — se é que ainda era antes depois de tudo que já passei.

Dormi artodoada com todos os acontecimentos da noite, o que acabou me fazendo acordar várias vezes durante o sono e não conseguir descansar para a aula.