alô? - twenty seven.

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Betts.

— Ai, amiga. Vamo logo pra essa merda de escola.

— Se eu fosse você, ouviria a Verônica. — Completa Kev.

— Naaaao. Vou me arrumar pra uma festa que vai ter hoje a noite.

— Garota você vai morrer de overdose. Não é porque levou um pé na bunda que vai encher o cu de álcool não. Além do mais, já é quarta feira e você não foi pra escola até hoje. E também, são 6:46h da manhã, você não vai se arrumar para uma festa a essa hora. – briga Verônica.

— Betty, eu sei que só cheguei agora porque tava em um intercâmbio, e não vi por tudo que você passou pra chegar a esse ponto, mas ESSA NÃO É A BETTY QUE EU CONHEÇO.

— Cala a boca, Kev. E você também, Verônica. Eu não vou pra aquele inferno hoje. Talvez amanhã, mas hoje não. – Subo as escadas da minha casa e me tranco em meu quarto.

- Dois meses depois -

— VIRA VIRA VIRA

Eu estava em mais uma festa de muitas, a maioria das pessoas gritavam para que eu virasse mais um copo.

Desde o meu "término" com Jughead, me tornei uma drogada loucona. Vou em todas as festas de Riverdale, bebo e fumo até passar mal e nem me dou o trabalho de ir pra escola.

— AAAAHHH ESSA PORRA TA FORTE PRA CARALHO – grito após virar um copo. – Já volto, galera.

Subo as escadas da mansão onde a festa acontecia e entro no primeiro quarto que vejo. Agradeço mentalmente por não empatar nenhuma foda. Vou até a sacada e fecho os olhos, sentindo o vento balançar meus cabelos.

Pego meu celular e decido fazer uma ligação. Merda.

— Alô?

— Oi Juggie. Eu tô pra cair de bêbada mas queria dizer que...que...te...– um vômito que estava por vir me interrompe.

— Betty? Isso foi um barulho de vômito? Onde você tá?

— Eu acho que tô em Alagoinha.

— Por favor, me diz onde você está.

— Sei lá, acho que na mansão da Midge.

— Ok. Me espera na porta.

Vou até a porta da mansão e espero Jughead. Por que diabos eu liguei pra ele? Caralho.

Avisto um carro e logo Jughead sai dele, segura minha mão e me coloca no banco do passageiro.

Chego em sua casa, subimos as escadas e fomos até deu quarto. Jughead pega uma toalha e me dá.

— Quantas garrafas você bebeu?

— Dez. Talvez quinze ou vinte. Eu chutaria trinta.

— Consegue tomar banho só?

— Infelizmente, sim.

Tomo um banho enquanto cambaleio pelo banheiro. Vou até o quarto de Jughead e deito em sua cama, o mesmo estava só de bermuda moletom.

— Boa noite, qualquer coisa é só me chamar. – diz ele enquanto vai até um colchão que estava no chão.

— Dorme comigo, por favor.

— Melhor não.

— Por favorzinho. Eu não mordo.

— Ok. Só porque insistiu.

Ele deita ao meu lado, mas logo vira as costas.

— De conchinha...

— Quê?

— Conchinha. Quero dormir de conchinha com você.

— Betty...

— Pleaseeee

— Tá, tá. Você venceu.

Ele me abraça por trás e assim dormimos de conchinha. Como eu senti saudades disso.

𝗦𝘁𝗮𝗹𝗸𝗲𝗿 | bughead . ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora