assassin - thirty three.

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- O que aconteceu, Betty? Tá com cara de morta. - pergunta Verônica no refeitório enquanto eu pego minha comida.

- Nada.

- Tem certeza?

- Tenho. - digo sentando na primeira mesa que vejo.

- Foi o Jughead? Se esse moleque tiver feito algo com você, eu juro que...

- Não foi nada. - falo alto e bato a mão na mesa, atraindo olhares curiosos dos outros alunos.

Verônica faz uma expressão de rendição, logo depois de sentar na cadeira que está na minha frente.

- Oi meu amor. - diz Jughead se sentando ao meu lado.

- Dá um jeito de fazer essa garota ficar feliz, por favor. - fala Verônica.

Jughead se vira para mim e me abraça, me trazendo uma sensação boa e reconfortante.

- Ô meu amor, você tá assim por causa de ontem? - sussurra em meu ouvido e balanço a cabeça de forma positiva.

- Também fiquei meio mal, mas iremos ficar bem. - ele beija meu pescoço, mas sem malícia.

Nos separamos do abraço e começamos a comer, após terminar de comer, nos despedimos e fomos para nossas respectivas aulas.

Durante a aula de biologia, tivemos que dissecar uns animais mortos e eu acabei saindo correndo da sala, direto para o banheiro.

- O que aconteceu? - pergunta Verônica que coincidentemente estava no banheiro.

- Me deixa, Verônica. - digo enquanto pego meu celular para ligar pra Jughead.

Verônica pega o celular da minha mão e joga no chão, com toda sua força.

- Por que você fez isso? - pergunto tentando manter a calma.

- Pra você me ouvir, caralho. Você ta me escondendo alguma coisa.

Não consigo me controlar - e eu tentei bastante, acabo empurrando Verônica contra a parede e a levantando um pouco enquanto seguro a gola de sua camisa.

Na mesma hora, Cheryl - sim, a ex do Jughead, que acabou com ele - entra no banheiro.

- O que tá acontecendo?

- Essa garota aqui fica toda emburradinha com qualquer coisa e só fala com o namorado. Sabia que ia me trocar. - diz Verônica.

- Não briguem, por favor. Loirinha, solta ela. - eu a coloco no chão. - Se resolvam na conversa, se partir pra briga, vai ser pior.

Começo a chorar, estou exausta, com raiva, com medo.

Sento no chão do banheiro mesmo e choro bastante. Verônica e Cheryl me abraçam, logo depois, Verônica pede desculpas e sai do banheiro, me deixando sozinha com a ruiva.

- Betty, né?

- Sim.

- Eu queria te pedir desculpas. Não que eu tenha feito mal a você, mas fiz mal a uma pessoa próxima de você.

- Tudo bem. Ele já está bem melhor, mas acho que o ideal seria você falar com ele pessoalmente.

- É uma ótima ideia. Você tá melhor ou quer que eu fique um pouco?

- Pode ir, vou para casa, não consigo assistir o resto das aulas de hoje.

Me despeço de Cheryl, peguei meus livros que estavam na sala e fui embora, direto pra casa.

Eu estou mal. Realmente mal.

Mas eu não entendo. Eu não sou a assassina, e ninguém parece tão abalado com isso, a não ser eu mesma.

𝗦𝘁𝗮𝗹𝗸𝗲𝗿 | bughead . ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora