ela me ajudou, ok? - thirty five.

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Jughead

Já era de manhã e estávamos tomando café no Pop's. Eu queria ficar em casa, mas a Betty insistiu em vir aqui.

—Aí, como aconteceu esse negócio da Verônica ter quebrado seu celular?

—Bom...eu estava no banheiro meio atordoada com todo aquele problema do homem estranho e ia te ligar, sei lá,  pra me levar pra casa ou algo do tipo. Aí ela surtou e jogou meu celular no chão, deixou ele em pedaços, logo depois a Cheryl — arregalo os olhos quando falo esse nome — veio ver o que estava acontecendo e, por mais incrível que pareça, ela me ajudou.

—Ajudou? Como assim?

—É, ela me abraçou e tudo mais e...

—E...?

—Pediu desculpas pelo que fez com você na época que namoravam. Eu disse que ela tinha que falar com você, pessoalmente.

—O quê? Falar comigo? Eu não quero falar com aquela...aquela..ah, você entendeu. — falo meio alterado.

—Desculpa, eu só queria que vocês ficassem acertados pra evitar um clima estranho.

—Ok. Tudo bem.

—Você não ficou zangado, ficou? — ela pega na minha mão que estava em cima da mesa, mas logo puxo a mesma.

—Não.

Ela faz uma cara de que não estava muito convencida com minha resposta. Terminamos de comer e pago a conta, subimos na moto e voltamos pra casa da família Cooper.

Estávamos sentados no sofá assistindo qualquer coisa que passava na emissora local, até que a televisão é desligada e em poucos segundos, Betty sobe em mim.

—O que tá fazendo?

—Ficou zangado com o que falei na hora do café. Precisa relaxar. — Começa a me beijar e rebolar um pouco.

—Por que tava defendendo a Cheryl? — falo entre beijos enquanto aperto sua cintura.

—Eu só estava dizendo que ela me ajudou...você devia parar de ser orgulhoso e falar com ela. — Beija meu pescoço, deixando chupões.

Arfo e retribuo os beijos, aperto sua bunda com uma mão e a cintura com a outra.

Betty sai de cima de mim e vai para o outro sofá, ligando a televisão logo em seguida. Olho para ela com uma expressão confusa.

—Só vai me ter quando deixar de ser orgulhoso.  — Ela sorri maliciosa.

—Eu não sou orgulhoso.

—Então vai falar com a Cheryl.

—Por que diabos você quer que eu fale com ela agora??? Nunca quis tocar muito no assunto, e agora, a cada 10 palavras que você diz, 11 são sobre a Cheryl.

—Eu já disse, pra evitar um clima estranho e ela parece estar melhor agora.

—Se é assim, então você também tem que falar com a Verônica.

—O quê???

—Sim, se você falar com a Verônica, eu falo com a Cheryl. E de quebra, convenço sua mãe a comprar um celular novo pra você.

Betty parece pensar um pouco.

—Fechado.

O telefone fixo da casa toca, nos entreolhamos porque ninguém usa mais telefone fixo hoje em dia.

Betty

Atendo o telefone e logo me assusto com a voz desconhecida. Aperto um botão que colocava no viva‐voz.

—Essa é uma ligação do presídio de Riverdale. Deseja aceitar?

Olho para Jughead que estava meio confuso e logo confirmo com um "sim". Ouço um "bip" e logo uma voz conhecida aparece.

—Betty? É você minha filha?

—Mãe?

—Oh, filha...que bom ouvir sua voz.

—Presídio de Riverdale? Como assim? Me explica.

—Eu me entreguei, Betty. —Ela estava com uma voz chorosa. —Me desculpa por não ser a mãe perfeita, eu tentei. Juro que tentei. Mas não consegui viver com essa culpa de assassina.

—Mãe...eu...

—Só quero que saiba que eu te amo. E nunca vou deixar de te amar, filha. —Ela encerra a ligação.

Olho para Jughead que parecia bem assustado e surpreso com a situação, meus olhos se enchem de lágrimas e o abraço, enquanto ele me consola.

𝗦𝘁𝗮𝗹𝗸𝗲𝗿 | bughead . ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora