Aquilo que os meus olhos veem

Tenho Saudades

Este será provavelmente o maior desabafo que já escrevi aqui, sinto que aqui eu posso ser como realmente sou e eu sei que ninguém me vai julgar por isso. É como se aqui fosse o meu diário, mas um diário publico, porque eu escrevo porque sei que há alguém que se identifique mais ou menos em algumas das minhas histórias (que não são apenas histórias). E continuo aqui, vivo a respirar e a lutar todos os dias para não me deixar ir abaixo e tenho tido um apoio enorme e é esse apoio que me mantém de pé. Isto para dizer que, vai ficar tudo bem, não importa o tempo, vai devagar, um passo de cada vez e vais melhorando aos poucos! 

Bem, vou começar por dizer que, tenho saudades da minha vida, saudades dos meus amigos, saudades da minha casa, que a bem ou a mal, não me faltava nada, aqui também não mas ao mesmo tempo, sinto que falta alguma coisa, sabem? É difícil explicar como me sinto quando se trata de saudades, pois, ter saudades é muito subjectivo, é muito vago, às vezes são saudades que surgem no momento, outras vezes são saudades que duram e não acabam, é um vazio enorme e não sabemos como preencher esse espaço em branco. 

Tenho tantas saudades daquelas saídas terapêuticas que dava aos domingos de tarde, pois eram os únicos dias que eu realmente conseguia estar comigo próprio, por as cabeça no lugar e absorver novas energias, energias essas que se estavam a tornar tóxicas para mim sem dar conta disso. No fim das contas, é disso que isto tudo se trata, energias boas, energias más e até energias neutras, que sabemos que existem, mas não fazem diferença nenhuma (nos primeiros momentos) porque apartir dai, meus amigos... só piora e eu tenho sentido esse peso todo, tenho andado parado aqui, por isso mesmo, tenho tentado me descobrir, voltar a ligar-me as boas energias e sintonizar-me no que realmente importa. 

Mas, o que  é que realmente importa? Uns dizem que é a felicidade, outros dizem que é os materiais e conquistas que obtemos ao longo do tempo e outros dizem que só o facto de existirmos, já importa bastante.