Tenho andado com uma pergunta na minha cabeça que aparenta ser de resposta simples, mas não é, existe várias possibilidades com a resposta "sim ou não" e a pergunta é bem simples que é "Será que isto está a resultar?" resposta "sim, porque..." ou "não, porque...".
Refiro-me a isto tudo que se tem andado a passar comigo, dentro da minha cabeça
tenho-me sentido impotente, que eu já não estou no controlo de mim próprio nem das minhas ações, sinto que alguma coisa vai acontecer e eu vou deixar de ser eu próprio quando esse momento chegar.
Esta pergunta simples, mas com uma resposta complexa devido às suas justificações, deixa-me nervoso e com ansiedade porque eu não sei como responder a isso. Quando deixei a minha zona de conforto, eu não me perguntei se iria dar certo, apenas fiz e pronto, porque é assim que eu sou, quando quero algo, eu simplesmente faço. Agora, quero voltar para a minha verdadeira casa, mas não consigo, porque pergunto-me "será que vai resultar?" Não é a pergunta que me assusta, é a infinita possibilidade de resposta, entendem?
O que eu estou a tentar dizer é, eu precisava de me afastar, de explorar fora da minha zona de conforto, do meu tempo e do meu espaço. Neste momento, eu preciso de regressar, de voltar, de recomeçar tudo de novo, eu sinto que as vozes estão a voltar e fazer uma guerra dentro da minha cabeça, talvez seja por isso que eu ainda não consiga voltar, ainda não consigo lidar com o meu "eu" interior. Tenho medo da besta que tanto me quer consumir e assumir o controlo total de mim.
Mas, por outro lado, pergunto-me também "Será que seria o melhor? Deixa-lo entrar de vez e assumir outra vez o controlo?" Já aconteceu uma vez...
Mas, desta vez seria diferente e pergunto-me outra vez "Será que isto vai resultar?". O problema que se segue depois de eu permitir isso, seria os danos que iriam ser causados, os danos que seriam incorrigíveis, as ligações que eu demorei a construir, iriam ser destruídas em segundos. Pois, "é mais destruir do que construir" e esta frase serve tanto para coisas físicas como para coisas interiores, no fundo, somos como casas, demoramos tanto tempo para nos construirmos, para nos organizarmos e quando conseguimos... aparece uma tempestade, qualquer coisa e destrói-nos completamente numa questão de segundos e quando nos conseguimos reconstruir, já nada é igual como da primeira vez, apenas, não parece verdadeiro, entendem?24 de Setembro de 2020... é o dia em que estamos hoje, e eu tenho sentido o tempo a passar tão rápido e eu parado, a resolver as minhas questões mentais, mas como posso eu avançar no tempo se eu não estou e sei que não estou bem mentalmente para me preparar para as mudanças que trazem o tempo? Como é que isso é possível? Se é que é realmente possível, quer dizer eu nunca fui preparado para este tipo de coisas, nunca me ensinaram a lidar comigo, nem com o tempo, nem com as mudanças, nem com seja o que for, tudo o que descobri sozinho, sem ajuda de ninguém.
Esse é outro problema, eu vejo tanta gente sozinha, tanta gente a pedir por ajuda, tanta gente... tanta... gente... tantas pessoas... que estão no fundo do poço assim como eu, e tento ajudá-las, porque é mais fácil ajudar os outros do que a nós próprios e isso é realmente assustador, porque não sabemos se a pessoa vai nos deixar ou se vai ficar ao nosso lado ou se fica e depois vai ou vice-versa.... há infinitas possibilidades de tanta coisa acontecer, que me deixa apavorado... Não seria mais fácil se tudo fosse tão mais simples? tão mais... básico?Poupava-se tanto sofrimento, tantos problemas e... tantas lágrimas seriam poupadas,
era tão bom se fossemos tão mais simples, se as pessoas deixassem de ser tão sínicas e tão falsas, gostava de apagar a falsidade do planeta, porque, ninguém tem a noção de como uma atitude falsa pode ser devastadora, só ganham noção depois de terem feito a asneira... aí até pode ser tarde demais para remendar o erros, pois como eu disse antes, mesmo que algo seja reparado, nunca será igual como era da primeira vez...
Então, será que realmente vale a pena, será que resulta mostrarmos falsidade, mostrarmos que somos realmente uns merdas de seres humanos? Quando o que a outra pessoa mais fez, foi ajudar, mostrar que se importa quando mais ninguém o fez? Será que tudo isso, vale a pena? Para depois, mais tarde, darmos com os pés e simplesmente irmos embora, sem mostrar um pingo de gratidão?
Estão a ver como uma pergunta tão simples, consegue ter respostas tão complexas?
Por favor, antes de tomarem qualquer atitude, perguntem-se a vocês mesmos "Será que vale a pena?" e pensem nas possibilidades todas, quero dizer, todas mesmo!
*ESPERO QUE ESTEJAM BEM, POR FAVOR, PROTEJAM-SE DURANTE ESTA PANDEMIA MUNDIAL, ADORO-VOS A TODOS!*
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Aquilo que os meus olhos veem
Randompequenos textos, grandes textos, pensamentos e desabafos, tudo aquilo que os meus olhos veem em forma de palavras.