Pedido

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Como combinado, pontualmente às 18:00 horas, Gabriel parou seu carro em frente a casa da família Sales e mandou uma mensagem para Violeta, avisando que estava a sua espera. Ao ver a mensagem, rapidamente a mulher saiu de sua casa, caminhando até o veículo estacionado sua frente.

- Quero deixar claro que só estou saindo com você, porque disse que não aceitava um não como resposta. - A mulher avisa ao passar o cinto de segurança sobre o si, sem disfarçar a irritação que estava sentindo do jogador.

- Eu não tenho dúvidas disso. - Gabriel garante, inclinando-se na direção da mulher, deixando um rápido selar rápido nos lábios dela antes de ligar o carro e conduzir o veículo pela estrada a sua frente. - Me desculpa por ter sumido esses dias.

- Peça desculpas ao Vitor, não a mim. - Violeta diz, encarando a estrada a sua frente.

- Ele sabe que eu ando treinando bastante, falei com ele esses dias e ele me pareceu compreensivo. - O jogador explica. 

- Que bom para você. - Violeta respondeu seca, visivelmente estressada.

Gabriel respirou fundo, frustrado com a reação da carioca. Ele reconhecia que tinha errado ao se afastar, mas não fora por vontade dele. Estava exausto e precisava se preparar da melhor forma para o jogo que o clube teria logo mais.

Ele soltou um suspiro por seus lábios e pousou a mão direita na perna da mulher que não se esquivou do toque.

- Eu sumi porque não queria estar com você pela metade. Eu quero te dar atenção e carinho da forma como você merece e eu não poderia fazer isso durante esses dias, mas eu não estava mais suportando a distância, por isso  fiz de tudo para ter ver essa noite. - Gabriel respirou fundo, sem tirar os olhos da pista.

- Desculpa. Eu fui inconveniente. - Violeta diz num sussurro.

- Não, Violeta. Não é disso que eu estou falando, caramba. - O jogador diz passando a mão que estava no volante em sua cabeça.

- Gabriel, eu sou nova demais para morrer. - Violeta diz, percebendo a forma como o jogador estava conduzindo o automóvel, entretanto ele logo volta a segurar o volante para o alívio da mulher ao seu lado.

- Eu quis dizer que não quero ser meio bom para você, não quero ser meio romântico ou meio carinhoso.- Gabriel faz uma pausa e  leva o carro para o acostamento da via, o estacionando ali com o alerta ligado, deixando Violeta confusa diante de sua atitude.

- Vai me matar e jogar no mato? - Violeta pegunta e vê o jogador revirar os olhos. Ok, talvez aquele não fosse o melhor momento para brincar, pensou ela. - Prossiga o que estava falando. - Ela pede observando o nervosismo do jogador.

- Eu quero ser completamente bom para você, Violeta. Eu me afastei esses dias por causa dos treinos, mas em momento nenhum eu deixei de pensar em você e eu quero você, de todas as formas que a palavra querer possa significar. - Violeta não se esquivou quando o polegar de Gabriel tocou em seu rosto, nem se afastou ao vê-lo aproximar-se de si.

- Aonde quer chegar? - Violeta sussurra a pergunta ao sentir a respiração do jogador contra seu rosto, devido a proximidade de ambos os rostos.

- Quer namorar comigo? - Ele pergunta e antes que ela pudesse responder, ele encerra o espaço entre os dois, juntando seus lábios aos da mulher.

Um beijo calmo se inicia, enquanto o suspense da pergunta sem resposta pairava sobre os dois. Gabriel tinha medo do que sairia dos lábios de Violeta e ela tinha medo de tomar a decisão errada.

- Fica difícil de responder com seus lábios grudados nos meus. - Violeta murmura se afastando minimamente do jogador que acaba sorrindo com a fala dela.

Confidence || Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora