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Faltavam apenas duas músicas e eu o beijaria outra vez. Não posso negar, estou viciada em seus lábios, a ansiedade está me matando.

Logo o fogo na larissa acabou, pois meu melhor amigo chega tendo nossa atenção para ele. Seus olhos estavam arregalados, cabelos um pouco bagunçado e estava suando.

- Cameron, o que houve.- Tracy pergunta, estava preocupada.

- Seu pai, Beth.- diz ofegante.

- O que tem meu pai, Dallas?- silêncio.- Fala caralho.- digo irritada.

- A lanchonete pegou fogo e seu pai estava dentro.

Por um momento tudo ao meu redor desapareceu, as gritarias, Damon cantando lindamente e as putas que não paravam de gritar seu nome.

Sem pensar em mais nada, corro para fora daquele lugar, quando chego na calçada, avisto o carro do meu melhor amigo, em instantes o mesmo está do meu lado.

- Calma,Beth, eu te levo.

- Anda Cameron, por favor.- lágrimas já desciam por meu rosto.

Entramos no carro, Cameron da partida, ele ultrapassa dois sinais, parecia não se importar com as consequências, eu sabia que ele fazia aquilo não só pelo meu a.

Meu pai é a pessoa mais importante pra mim, fui criada pelo mesmo desde que nasci, ele é tudo que eu tenho. Sei que perder a lanchonete vai ser um baque, era a única lembrança da vadia da minha mãe.

- Callum disse que ele está nesse hospital.- Meu amigo para o carro me despertando dos meus pensamentos.

Desço do carro rapidamente, corro para dentro do hospital indo em direção a recepcionista.

- Boa noite, Magno Walker.

- Só um minuto.- diz digitando algo no computador.

- Entrou em alguns minutos, está sendo examinado, inalou muita fumaça.

- Ok, obrigada.- Caminho até meu melhor amigo, que me abraça forte.

- Vai ficar tudo bem, ele vai sair dessa.

- Se eu tivesse ficado em casa.- digo chorando.

- Não pense assim, você não sabia.

- Eu sei que ele tentou salvar as coisas da mamãe,Cameron.

- Só vamos esperar ok? Vai dar tudo certo.

Cameron deposita um beijo no topo da minha cabeça, acariciando meus cabelos, enquanto eu choro em seu peito.

[...]

Depois de uma hora ali, na sala de espera, quase mandando todo mundo se foder. Um médico chama pelo nome do meu pai, perguntando quais são seus parentes.

- Bethany Walker, aqui.- digo me levantando indo em direção ao médico.

- Me acompanhe por favor.- diz seguindo pelo corredor.

Vou atrás do mesmo, que logo vira a esquerda entrando em uma das portas. Ele se senta, indicando para que eu faça o mesmo. Pega sua prancheta, dando uma olhada e logo me encara.

- Bom, senhorita Walker, suponho que seja filha do paciente, certo?

- Sim, sou.

- Seu pai inalou muita fumaça, por isso precisa ficar essa noite aqui. Não foi nada muito grave, ele apenas machucou o braço esquerdo, passando pomada logo passa.

- Posso vê-lo?- pergunto sem mais delongas.

- Claro.- se levanta.- venha comigo.

Entramos em um elevador, indo para o andar seguinte. Saímos e logo entramos em uma sala onde tinha mais dois paciente.

- Oi pai.-  um nó se forma em minha garganta.- está acordado?- seguro as mãos do mesmo, acariciando.

- Oi minha filha..eu.- fala com dificuldade, pelo aparelho de respiração em sua boca.- tentei recuperar as coisas dela.

- Eu sei, fica tranquilo, essa é a hora do senhor recomeçar pai, tentar esquecer.

- Eu sei minha filha, eu sei..- fecha os olhos.

Continuo acariciando as mãos áspera do meu pai, enquanto o vejo descansar. Mesmo minha mãe sendo uma tremenda vadia com meu pai, ele ainda amava ela, só não podíamos negar que era a hora de recomeçar.








Todos temos problemas pessoais, agora as coisas vão mudar 😘

Seductive girl ☾ [ Concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora