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Cheguei a casa à cerca de duas horas e aproveitei o facto do meu namorado ainda não ter chegado a casa para fazer umas pesquisas na Internet, sobre adoção.

A verdade é que eu nunca pensei em adotar. Mas, desde o dia em que o Francisco me perguntou sobre os nossos filhos, que essa opção paira na minha mente. Está, completamente fora de questão eu engravidar. Portanto, a única opção seria adotar uma criança.

Para já, não lhe quero dizer nada sobre este assunto. Quero, primeiro, pesquisar todos os detalhes sobre a adoção e então aí sim é que eu conto ao meu namorado.

Talvez esteja a ser injusta pôr logo de parte a possibilidade em engravidar. Só que é algo que eu não quero, de todo.

Poucos minutos depois, ouço o barulho das chaves e percebo que o atleta havia chegado a casa.

Fechei o separador do computador onde estavam as informações sobre a adoção e logo abri outro, para fingir que estava à procura de outra coisa.

Veio até mim, que estava sentada no tapete da sala, e deixou um carinhoso beijo sobre os meus cabelos loiros.

- O que estás a fazer? - num tom descontraído, inquiriu.

- Nada de especial. - prontamente respondi.

Ele suspirou e sentou-se ao meu lado.

- Porque é que eu sinto que tu não confias em mim? - revelou os seus pensamentos.

- O quê?

- Sim, Leonor. Estás sempre com segredos, dá-me a entender que não confias em mim. - cabisbaixo, proferiu.

- Não, não é nada disso.... - rapidamente neguei.

Eu confiava a minha vida ao Francisco. Só não estava preparada para a sua reação se contasse o real motivo de não querer ser mãe.

- Então o que é? - desesperado inquiriu, levando as mãos atrás da cabeça. - Diz-me, Leonor. Eu preciso de saber o que se passa contigo porque senão dou em doido.

Uma lágrima teimosa desceu pelo bonito rosto do jogador e o meu coração quebrou um bocadinho.

- Eu preciso de saber, Nonô. - já num tom mais calmo, repetiu. - É comigo? Já não me amas?

- Não digas disparates, Chico.

- Não são disparates. Tu sempre me contaste tudo o que se passava contigo. E desde aquele dia em que te falei sobre filhos, tu ficaste distante. - suspirou.

- É difícil... - deixei escapar.

- O que é que é difícil? - agarrou nas minhas mãos.

- Nunca te contei isto porque é algo muito marcante na vida dos meus pais, e consequentemente na minha. Eu sei que nunca te deveria ter escondido tal coisa mas, simplesmente nunca tive coragem para o fazer.

- Tu sabes que podes confiar em mim.

- Eu nunca quis ter filhos, mas não porque não gosto de crianças. Muito pelo contrário, tu sabes que eu amo crianças e um dos meus maiores sonhos era ser mãe. Só que... - parei porque estava a ser demasiado doloroso para mim.

- Só que... - incentivou-me a continuar.

- Os meus pais sempre quiseram ter mais um filho. E quando eu tinha onze anos, a minha mãe finalmente conseguiu engravidar. A gravidez era de risco e por isso, os cuidados eram a dobrar. No dia em que o meu irmão ia nascer... - as lágrimas formaram-se e tornou-se complicado prosseguir com a conversa.

- Calma. - o meu namorado repetia várias vezes enquanto me abraçava. Quando a minha respiração já estava mais regular, afastei-me dele para o encarar.

- O meu irmão morreu no parto. - revelei.

Olá!!!

Well, nem sei o que vos diga.

Quero tanto saber as vossas opiniões 🤗

E eu sei que já tenho disto isto várias vezes mas preparem-se, porque isto ainda mal começou... 🤭

Espero que esteja a correr tudo bem com vocês.

Um grande beijinho,

Rita ❤️

LUZ ; francisco geraldesOnde histórias criam vida. Descubra agora