; nove

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Francisco estaciona o carro no lugar de garagem que nos pertence e, depois abre a porta, preparando-se para sair do veículo, só que a minha mão a agarrar-lhe o braço impede o sportinguista de abandonar o automóvel.

- O que foi? - questionou, confuso.

- Eu quero mesmo adotar o Simão. - admiti.

- Não achas que te estás a precipitar?

- Tu não queres adotar nenhuma criança, não é? - com receio da sua resposta, sussurrei.

O rapaz olhou-me e, sem dizer nada, saiu do carro.

Suspirei frustrada e, posteriormente, saí do carro.

Já em casa, preparava o jantar quando o Francisco entra na divisão.

- Eu gostei do miúdo. - fez-se ouvir e girei o meu corpo na sua direção. - Como tu me tinhas dito, ele fez-me lembrar de mim quando era da idade dele. O problema aqui é... - falou mais para si do que para mim mas eu consegui ouvir à mesma.

- Chico, eu já percebi... Tu não queres adotar o Simão nem qualquer outra criança. Eu entendo e respeito a tua decisão.

- Não é isso... Eu gostava de adotar o Simão. É só que... Eu acho que é uma decisão precipitada e devíamos pensar melhor sobre o assunto. Não quero que te venhas a arrepender.

- Então, isso significa que vais pensar sobre o assunto? - esperançosa, questionei.

- Sim, mas eu não sou o único que deve pensar sobre isto. Tu também deves pensar se é mesmo isto que queres. - acautelou-me e eu concordei.

- Eu prometo que vou pensar sobre isto. - falei. - Eu só quero que te sintas feliz comigo.

- Mas tu estás parva, Nonô? Contigo eu sou feliz. Nunca, mas nunca mais, voltes a dizer isso. Não voltes sequer a questionar-te sobre isso. Eu amo-te, ok? Desde o primeiro dia em que te vi naquela sala de aula. - aproximou-se de mim e rodeou a minha cintura com as suas mãos.

- Eu, definitivamente, não te mereço. - disse e ele negou, beijando-me.

- Mudemos de assunto. - o jogador proferiu. - O que é que estás a fazer para o jantar?

- Lasanha vegetariana. - revelei.

- Cheira bem! - elogiou.

- Já devias saber que sou uma ótima cozinheira. - gracejei.

***

Entrei no quarto e o Francisco já estava deitado na cama a ler um dos seus vários livros.

Deitei-me ao seu lado e cobri-me com os cobertores.

Como não ia já dormir, peguei no meu telemóvel para me distrair.

- Leonor... - o lisboeta chamou-me.

- Hum, diz. - olhei para ele à espera de que falasse.

- Ah, nada esquece. - atrapalhado, respondeu.

Soltei uma risada.

Encolhi os ombros desvalorizando a situação.

- Eu amo-te, sim? - voltou a falar.

- Eu também te amo, Chico.

Beijei-o e, depois de pousarmos os objetos na mesinha de cabeceira, o meu namorado desligou a fraca luz proveniente do pequeno candeeiro e adormecemos.

Hello!!!

Deixo-vos aqui o capítulo nove desta história e eu sei que parece que este capítulo está só aqui para encher chouriços mas eu juro que no final vai compensar.

Um grande beijinho,

Rita 💙

LUZ ; francisco geraldesOnde histórias criam vida. Descubra agora