; treze

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O estridente toque de chamadas do meu aparelho eletrónico ecooa pelo quarto.

Nem precisava de ver quem era mas, mesmo assim, peguei no telemóvel e li no ecrã o nome do meu namorado.

Olhei também para as horas e vi que eram oito e meia da manhã.

Pressionei o botão verde para atender e coloquei o dispositivo ao lado da orelha.

- Caralho, Leonor! Onde é que tu estás? - vociferou.

- Francisco... - com a voz trémula, evoquei o seu nome.

- Leonor, diz-me onde estás.

- Eu não posso. Só te posso prometer que estou bem.

- Estás-te a passar ou quê? Onde é que estás? - voltou a perguntar.

- Francisco, nós temos de... - engoli em seco. - Temos de terminar.

- Desculpa? Assim? Sem mais nem menos? Foda-se, diz-me onde é que estás. - conseguia sentir a raiva na voz dele e era algo que, realmente, me assustava. Era raro os momentos em que o Francisco estava assim.

- Eu amo-te, acredita que sim! - mesmo com as lágrimas a deslizarem pela minha face, sorri. - Vais encontrar alguém melhor que eu... Até um dia, Chico. - proferi.

Podia jurar sentir o meu coração a despedaçar.

- Leonor, eu não vou encontrar ninguém melh- - desliguei a chamada.

Atirei o telemóvel para um canto qualquer. Naquela altura, pouco me importava se ele se estragava ou não.

As lágrimas que já insistiam em cair tornaram-se ainda mais insistentes.

Não queria acreditar que tinha acabado de fazer isto. Eu terminei com o amor da minha vida por telefone.

Que tipo de pessoa sou eu?

Duas batidas à porta fazem-me tentar secar as lágrimas ao máximo mas sei que é vão.

Murmuro um "entre" e vejo a minha mãe entrar.

- Então filha? - sentou-se ao meu lado na cama. - O que é que ele te disse?

- O problema aqui é o que eu lhe disse. - falei entre soluços.

A mais velha dirigiu-me um olhar como quem dizia "queres contar?".

- Eu acabei com ele, mãe. Por telefone. Que tipo de pessoa sou eu? Neste momento, ele deve odiar-me.

- Não, não, não! Não digas isso filha. Se existe alguém que te ama muito nesta vida, esse alguém é o Francisco. Acredita no que eu te digo, meu amor. Olha que as mães têm sempre razão. - ela diz tentando aliviar a tensão. Solto uma fraca risada. - Já te fiz rir.

- Eu amo-o, mãe.

Ela puxa-me para um abraço e diz-me ao ouvido:

- Eu sei que sim.

Semanas mais tarde...

- Alguém que vá abrir a porta! - gritou a minha mãe da cozinha.

- Eu não posso. - o meu pai gritou de volta.

- Leonor, vai lá tu!

Levantei-me do sofá e fui até à porta.

Abri-a e arregalei os meus olhos.

- Francisco?

Oi oi 🤪

Para terminar o ano em grande...

Por favor, perdoem-me por este capítulo 😩

Será que há volta a dar para a relação destes dois?

Espero que tenham um excelente 2020 e que seja mil vezes melhor que 2019! 💕

Um grande, grande beijinho e obrigada por este ano incrível nesta plataforma.

Rita 💗

LUZ ; francisco geraldesOnde histórias criam vida. Descubra agora