O estridente toque de chamadas do meu aparelho eletrónico ecooa pelo quarto.
Nem precisava de ver quem era mas, mesmo assim, peguei no telemóvel e li no ecrã o nome do meu namorado.
Olhei também para as horas e vi que eram oito e meia da manhã.
Pressionei o botão verde para atender e coloquei o dispositivo ao lado da orelha.
- Caralho, Leonor! Onde é que tu estás? - vociferou.
- Francisco... - com a voz trémula, evoquei o seu nome.
- Leonor, diz-me onde estás.
- Eu não posso. Só te posso prometer que estou bem.
- Estás-te a passar ou quê? Onde é que estás? - voltou a perguntar.
- Francisco, nós temos de... - engoli em seco. - Temos de terminar.
- Desculpa? Assim? Sem mais nem menos? Foda-se, diz-me onde é que estás. - conseguia sentir a raiva na voz dele e era algo que, realmente, me assustava. Era raro os momentos em que o Francisco estava assim.
- Eu amo-te, acredita que sim! - mesmo com as lágrimas a deslizarem pela minha face, sorri. - Vais encontrar alguém melhor que eu... Até um dia, Chico. - proferi.
Podia jurar sentir o meu coração a despedaçar.
- Leonor, eu não vou encontrar ninguém melh- - desliguei a chamada.
Atirei o telemóvel para um canto qualquer. Naquela altura, pouco me importava se ele se estragava ou não.
As lágrimas que já insistiam em cair tornaram-se ainda mais insistentes.
Não queria acreditar que tinha acabado de fazer isto. Eu terminei com o amor da minha vida por telefone.
Que tipo de pessoa sou eu?
Duas batidas à porta fazem-me tentar secar as lágrimas ao máximo mas sei que é vão.
Murmuro um "entre" e vejo a minha mãe entrar.
- Então filha? - sentou-se ao meu lado na cama. - O que é que ele te disse?
- O problema aqui é o que eu lhe disse. - falei entre soluços.
A mais velha dirigiu-me um olhar como quem dizia "queres contar?".
- Eu acabei com ele, mãe. Por telefone. Que tipo de pessoa sou eu? Neste momento, ele deve odiar-me.
- Não, não, não! Não digas isso filha. Se existe alguém que te ama muito nesta vida, esse alguém é o Francisco. Acredita no que eu te digo, meu amor. Olha que as mães têm sempre razão. - ela diz tentando aliviar a tensão. Solto uma fraca risada. - Já te fiz rir.
- Eu amo-o, mãe.
Ela puxa-me para um abraço e diz-me ao ouvido:
- Eu sei que sim.
Semanas mais tarde...
- Alguém que vá abrir a porta! - gritou a minha mãe da cozinha.
- Eu não posso. - o meu pai gritou de volta.
- Leonor, vai lá tu!
Levantei-me do sofá e fui até à porta.
Abri-a e arregalei os meus olhos.
- Francisco?
⚡
Oi oi 🤪
Para terminar o ano em grande...
Por favor, perdoem-me por este capítulo 😩
Será que há volta a dar para a relação destes dois?
Espero que tenham um excelente 2020 e que seja mil vezes melhor que 2019! 💕
Um grande, grande beijinho e obrigada por este ano incrível nesta plataforma.
Rita 💗
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LUZ ; francisco geraldes
FanfictionTERMINADA • ❝ - Eu não quero ser mãe, Chico.❞ ✓ ritaxsilva, 2019