Um amor em Dubai [[Completo]]

Capítulo 30 - Isabelly\ Amin

Isabelly

Voltar a Dubai foi algo que não imaginei fazer por agora, mas a experiência foi incrível, principalmente no jatinho de Amin. E por falar nele, o homem estava radiante por estarmos em Dubai com ele. Durante a viagem, Amin fez todas as vontades de Théo, que comeu o que quis, mesmo com a minha cara de brava. Ele falava que tinha que criar um vínculo de amizade com o nosso filho, sim, Amin já o chamava assim e era lindo de ver a cumplicidade dos dois.

Quando pousamos, Nacib já nos aguardava e para fazer mais uma das vontades de Théo, o carro ia muito devagar para que o meu menino pudesse ver as belezas por onde passávamos. Amin prometeu que eles fariam vários passeios e nesse clima de descontração e descobertas chegamos ao apartamento de Amin.

Mary nos aguardava ansiosamente. Ela fez uma verdadeira festa quando nos viu. Abraçou e beijou o Théo como se eles fossem velhos conhecidos e quando foi a minha fez, as lágrimas inundaram nossos rostos. Conversamos por alguns instantes e fiquei maravilhada quando ela falou com Théo em português. Mary nos levou até a sala de jantar e um verdadeiro banquete nos aguardava. Naquela mesa havia comida para um batalhão e não pude deixar de agradecer ao perceber que nossas comidas favoritas estavam na mesa. O carinho que Mary sentiu pelo Théo foi algo instantâneo, agora mesmo ela estava em volta dele, querendo saber se o meu menino queria repetir alguma coisa, ou se tinha algo que ele queria comer.

Amin interrompeu minha observação, falando que iria ao hospital.

- Amin, se você quiser, eu posso ir com você. – A verdade era que eu queria acompanhá-lo, mas tive medo de receber um não.

- Claro, preciosa. Ficarei feliz em ter você ao meu lado. – Aproximou-se de mim e deixou um beijo em minha testa. Por causa da correria ainda não tínhamos conversado com o Théo, mas isso eu faria assim que voltasse do hospital.

- Théo - meu filho ergueu a cabeça e me olhou -, mamãe vai ao hospital com o Amin. Quero que você fique com a Mary e a obedeça. – Ele assentiu.

- Pode ir tranquila, Isabelly. Ficaremos bem. O que eu não conseguir entender, a mímica resolve. – Eu ri do jeito simples de Mary. Amin me contou que quando eu fui embora, Mary entrou em um curso para aprender português, pois tinha certeza que eu voltaria. As palavras ainda saíam emboladas, ou às vezes confundia e falava em inglês, mas eu já sou grata só pelo esforço em se comunicar com o meu filho. Deixei um beijo em Théo, peguei minha bolsa e um lenço e seguimos até o elevador.

Quando estávamos no caminho, o celular de Amin tocou e após conversar por alguns segundos, respondendo com monossílabos, ele desligou e se dirigiu a Nacib.

- Nacib, para a casa dos meus pais, por favor.

- Ok.

- Meu pai teve alta, preciosa. Já está em casa.

Eu sorri assentindo, mas confesso que o meu coração começou a bater acelerado e minhas mãos suavam. Uma coisa era ir ao hospital, encontrar com Lyah e saber sobre o estado de saúde de seu pai. Outra, totalmente diferente era ir até a casa do senhor Said. Amin percebeu a minha apreensão, pegou a minha mão, levou aos lábios e beijou.

- Fique tranquila, preciosa, tudo ficará bem.

Sorri, mesmo sentindo uma sensação incômoda no peito. Coloquei novamente o véu para cobrir os cabelos e seguimos até o nosso destino.

*

O que estava diante dos meus olhos era muito mais lindo do que eu poderia imaginar. Por causa da minha profissão já tinha visto muito lugar bonito, incluindo casas, mas aquela mansão era muito mais bela do que tudo que eu já vira. Amin notou meu deslumbramento e sorriu.