☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ 𝐄𝐥 𝐔𝐥𝐭𝐢𝐦𝐨 𝐏𝐞𝐧𝐞

O Último Pênis - Quarenta e três

Vamos às contagens de novo para ninguém se perder.

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O vento quente fazia as garotas suarem, afinal estavam sem a proteção das árvores, que há muito haviam ficado para trás. O único barulho que escutavam eram o dos corvos que cantavam hora sim, hora não.

Natalie sentiu a mão de Priscilla em seu pulso e se virou, encontrando a expressão de medo no rosto dela.

-- Eu falei para pararmos, aqui acaba o matagal. é campo aberto. Não é melhor voltarmos? -- Priscilla perguntou e Natalie se virou para ela de vez.

-- Só estamos avaliando o perímetro. Você já pisou para lá antes?

-- Só de noite. É campo aberto, Natalie, não gosto de, você sabe, chamar a atenção.

-- Ninguém vai tocar em você, eu prometo. -- Natalie sussurrou, acariciando o rosto de Priscilla.
-- Não há ninguém por aqui, mas se houver temos armas.

-- Não sei... -- Priscilla disse e Natalie voltou a acariciar o rosto da maior sem se importar se as outras veriam ou não.

-- Como roubava comida na grande cidade se tem medo de sair em lugares abertos?

-- De madrugada. -- Priscilla confessou e Natalie suspirou.

-- Confia em mim, ninguém vai te descobrir. -- Natalie pediu e Priscilla mordeu seu lábio inferior, tendo a voz de sua mãe se repetindo em sua cabeça para não confiar em ninguém, que ela dizia isso para defendê-la, porém Natalie sempre a tratara bem, não via razão para não confiar.

-- Quero meu striptease hoje. -- Priscilla disse para descontrair e Natalie riu.

-- Terá, sua safada. -- Natalie disse em um sussurro.

-- Eu não. Ele. -- Priscilla disse, apontando para o meio de suas pernas.

-- Vem. -- Natalie disse, seguindo as outras que já estavam no campo aberto. A menor sentiu os dedos de Priscilla se entrelaçarem nos seus e ela soube que aquela era uma forma da maior se sentir mais segura.

-- E se ficarmos aqui nos agarrando enquanto elas vão? -- Priscilla sugeriu. -- O mato aqui é bem mais alto do que ali, elas nem veriam.

-- Proposta tentadora, mas faz parte do meu trabalho.

-- Era parte dele quando vocês achavam que o vírus do ar impedia o cromossomo Y de ficar vivo. Hello! Olha só... -- Priscilla disse, retirando o pinto para fora e fazendo Natalie a olhar chocada.

-- Alguém pode ver, esconda isso!
-- Exigiu.

-- Viu? O ar não mata ele, pelo contrário, ele está desfrutando do ventinho. -- Priscilla disse, fechando os olhos e sorrindo.

-- Priscilla Pugliese, se alguém mais ver seu pênis eu vou fazer questão de arrancá-lo.

-- Viu só, amigão? Possessiva. -- Priscilla disse olhando seu pênis murcho enquanto ela o balançava.

-- Ele está tão caidinha por mim. -- Priscilla disse com a voz mais fina, como se tivesse sido o pênis a reproduzir aquela fala.

-- Eu falo pelo seu bem, mas se leva tudo na brincadeira o tempo inteiro, fique sozinha com esse pênis caído então. Tenho mais o que fazer. -- Natalie disse irritada e Priscilla arregalou os olhos, guardando seu pênis rapidamente.

-- Não, desculpe! -- Priscilla disse rapidamente, segurando seu braço.

-- Você toca seu pênis suado e vem pôr a mão em mim?

-- Você já pôs a boca e sabe que ele é limpinho, mas desculpe. -- Priscilla disse, removendo a mão do braço de Natalie de forma envergonhada.

-- Não pode levar tudo na brincadeira sempre, Priscilla. -- Natalie disse e Priscilla assentiu suspirando.

-- Eu sei, desculpe. Só queria que entendesse que não faz sentido perder tempo queimando os corpos, Naty. Esse tempo você poderia tentar achar o que tanto quer.

-- Eu sei. -- Natalie confessou desanimada. -- Só não posso dizer a elas que já achei o bendito cromossomo Y e por isso tenho que continuar com isso.

-- Está bem. -- Priscilla disse, entrando em campo aberto de dia pela primeira vez na vida dela. Natalie a olhou surpresa, percebera o medo nos olhos de Priscilla, mas por ela a maior o enfrentou. -- Você vem ou não? -- Natalie sorriu e assentiu.

-- Quem chegar por último nelas fica uma semana com a faxina. -- Natalie disse assim que alcançou Priscilla, disparando de correr e ouvindo a risada rouca no fundo a seguindo.