O Último Pênis - Cinquenta e um

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So put your arms around me tonight🎶💃

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Ally já estava há dias trancafiada naquelas pesquisas, sempre levara a sério seu trabalho e não levava desafio para casa, mas ela sabia que, como Alice havia falado, aquilo levaria meses.

Ally escutou baterem na porta do trailer e estranhou. Quem estaria naquele lugar em plena madrugada? Sua surpresa só aumentou quando viu Priscilla do lado de fora, com os braços encolhidos devido ao forte vento que as atingia aquele horário, o inverno se aproximava.

-- Com licença. -- Priscila disse baixo.

-- O que quer? -- Ally perguntou e seus olhos se abaixaram na altura das mãos de Priscilla quando a viu entregar a ela uma garrafa térmica.

-- Eu trouxe café. -- Priscilla disse com o queixo batendo. -- Sempre trago para a Natalie e imaginei que você precisasse de um pouco. Aquece o corpo e te mantém acordada.

Qual era o intuito de Priscilla em acordar no meio da madrugada para levar-lhe café?

-- Eu não te envenenei, se é isso que pensa. Posso até provar antes para cessar suas dúvidas. -- Priscilla disse e Ally suspirou.

-- Entre aqui. Está frio aí fora. -- Ally pediu e Priscila obedeceu, ouvindo a porta ser fechada atrás de si. -- Por que acordou de madrugada só para fazer isso?

-- Oh, não foi minha culpa. Foi o meninão. -- Priscila disse e Ally franziu o cenho.

-- Quem?

-- Como "QUEM"? Meu pinto. -- Priscila disse e Ally franziu o cenho.

-- Seu pênis te acordou?

-- Sim, todas as noite vou ao banheiro de madrugada. -- Priscila disse e Ally por fim entendeu, assentindo.

-- Natalie estava dormindo? -- Ally perguntou e Priscila sorriu.

-- Sim, tão linda que fiquei até com pena de sair de perto dela. -- Priscila disse e Ally conteve um sorriso.

-- Gosta mesmo dela, hm? -- Perguntou, pegando copos descartáveis antes de entregar a Priscila.

-- Gosto. -- Priscila respondeu apenas isso, contudo, a intensidade de sua palavra, o brilho em seus olhos e sorriso bobo que brincava em seus lábios fizeram Ally saber que era algo puro e genuíno. -- Vou tomar o café para te mostrar que não tem veneno, mas já vou embora para te deixar trabalhar.

-- Não precisa tomar o café por isso. -- Ally disse e Priscila suspirou.

-- Preciso me desculpar de novo com você. -- Priscila disse olhando para Ally. -- Por suas pesquisas que perdeu, sabe? Eu sinto... Sinto muito. Eu só queria mais bolhas.

-- Bolhas? -- Ally perguntou e Priscila assentiu.

-- Sim, a Natalie fazia bolhas por todos os lados e achei lindo, aí aproveitei para ficar bem perto dela, porque você deve saber como aquela mulher é cheirosa. -- Priscila disse rindo e suspirou. -- Aí queria passar mais um tempo com ela, só não sabia que daria nisso. Eu nunca quis prejudicar ninguém.

-- Eu não te entregaria de verdade.
-- Ally confessou e Priscila sorriu.

-- Eu sei. A Natalie disse que você tem um bom coração. -- Priscila disse, pegando o copo de café e virando-o de uma vez. -- Boa noite, Ally. Bom serviço. -- Disse indo em direção à porta.

-- Priscila! -- Ally chamou rapidamente e a garota se virou.
-- Tenho algo para você. -- A maior franziu o cenho, mas esperou Ally fuçar em suas coisas antes de voltar até ela e entregar um comprimido lacrado em um plástico.

-- O que é isso?

-- É para a Natalie, na verdade. -- Ally disse. -- Só fiz essa. É uma pílula do dia seguinte. Não fiz mais porque vai perdendo a força e se usar muito pode não funcionar, então use o dia anterior de tomá-la com sabedoria e esperem os anticoncepcionais ficarem prontos.

Os olhos de Priscila focaram no comprimido e logo ela sorriu.

-- Obrigada. -- Ela disse e Ally assentiu, se sentando como se Priscila já não estivesse ali.

A maior saiu animada dali e voltou para o trailer de Natalie, removendo somente a blusa grande. Estava frio para dormir só de cueca, então permaneceu com sua calça de moletom e sua regata preta.

Seus olhos encontraram a figura delicada e doce dormindo encolhida na cama e um suspiro involuntário saiu de seus lábios. Ela colocou a pílula na gaveta de Natalie e ergueu a coberta, se enfiando ali vagarosamente antes de abraçar o corpo a sua frente e inalar seu perfume.

-- Onde esteve? -- Natalie murmurou ainda de olhos fechados e com a voz sonolenta e o coração de Priscila se derreteu outra vez. -- Demorou.

-- Dor de barriga forte. Não sentiu o cheiro? -- Priscila disse e Natalie negou, se virando para ela e afundando seu rosto nos seios da maior.

-- Graças ao bom Deus não. -- Camila murmurou e Priscila riu.

-- Estou brincando. Fui levar café para a Ally. -- As orbes castanhas se abriram instantaneamente, fitando Priscila confusa.

-- Ela te ofendeu?

-- Não, acho que estamos bem. -- Priscila respondeu e Natalie suspirou aliviada. -- Ela fez para você uma pílula do dia seguinte.

-- Fez? -- Natalie perguntou surpresa e Priscila assentiu animada.

-- Sim. Sabe o que isso significa? Que a cobra pode se esconder na toca. -- Natalie riu e plantou um beijo no pescoço da maior.

-- Está tão ansiosa assim para perder a virgindade?

-- Só porque é com você. -- Priscila disse baixo.

-- Não transaremos agora. Estou com sono.

-- Eu sei, está frio, Natalie. O meninão se encolhe e não gosta de sair da casinha.

-- Então me abraça e durma, amor.

Amor.

Amor.

A-M-O-R.

-- Acho que estou tendo uma parada cardíaca, pode checar? -- Priscila disse e Natalie abriu os olhos preocupada. -- Ouviu como me chamou?

-- Na verdade não. -- E, de fato, era verdade. Ela dissera sonolenta e sequer havia se dado conta.

-- Você me chamou de amor com "a" de AAAAAAAAAAAAAAAA. -- Natalie riu alto e abraçou fortemente Priscila.

-- Adoro as risadas que me tira o tempo todo. -- Natalie murmurou e depositou um beijo nos lábios de Priscila.

-- Não faço por querer, mas que bom que gosta.

-- Agora durma.

-- Se eu te chamar de amor também você terá uma parada cardíaca?

-- Acho que ficarei bem com isso. -- Natalie falou contra a pele de Priscila e a maior sorriu.

-- Então boa noite, amor. -- Priscila disse e Natalie sorriu, sentindo seu peito inflar antes de sentir o sono voltar a dar as caras.

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Vou lá escrever Em um piscar de olhos.😚❤

☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ 𝐄𝐥 𝐔𝐥𝐭𝐢𝐦𝐨 𝐏𝐞𝐧𝐞 Onde histórias criam vida. Descubra agora