CAPÍTULO 15 | SALVO [ Revisado ]

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E eu aqui pensando que ele iria voltar. Nossa, essa sensação de amor é horrível. Um conselho que me daria hoje era 'faça de tudo, mas não se apaixone pelo diretor'.

— Ô garoto, eu estou falando com você! — exclamou minha mãe nervosa por não ter escutado ela falar.

— Ah, oi. — respondo saindo de alguns pensamentos confusos.

— Enquanto você estava aí pensando não sei em quem, eu fui no seu quarto, e vi esse número de telefone. De quem é? É do seu diretor? — comentou Kátia com um certo brilho no olhar.

— Não mãe, é de um menino lá da sala. — 'se você quer ele...Lute!'

— humm... — murmurou ela me entregando o papel com o número do meu 'daddy'.

Logo em seguida ela vai em direção a cozinha, não demorou muito pra ouvir ela grita pelo meu nome. Fui quase que correndo para cozinha pra ver o que era tão urgente assim. 'Até doente, não tenho sossego!'

— Senhora? — respondo vendo a minha mãe segurando um bolo, o tal bolo de morango que estava na geladeira 'você foi tolo Jeff, porquê você não comeu ele?' — Nossa como isso foi aparecer aí? — respondo enquanto fingia demência.

— Não se faça de idiota, anda quem foi que trouxe isso? —

Antes de responder alguma mentira, ouço a porta da frente sendo aberta. Me viro, e acabo dando de cara com o meu daddy. 'Puta merda!! Alguém me tira já daqui!!'

— Nossa, e você já vai entrando assim feito um ladrão? — questionou minha mãe ao ver Rodríguez entrando.

— Ou, desculpa. É que eu estava cuidando do seu filho. — respondeu Rodríguez me encarando 'moço não me olha assim!'

— Jeff, você está doente? Nossa meu anjo, venha cá a gente vai cuidar de você! — comentou Kátia vindo ao meu encontro.

'Ela mudou da água pro vinho, porque será né?'. Mamãe sempre se fazendo de boa mãe na frente das visitas, novidade.

— Mãe eu estou bem, não precisa vim querer me abraçar porque temos visita. — respondo tentando sair daquele abraço falso.

— Bem, já que você está melhor, já vou indo — comentou Rodríguez cruzando os braços ao ouvir minha resposta. 'Nossa eu falei algo de errado?'

— Que isso, fique pro almoço! Assim podemos conhecer você melhor, né Jeff? — indagou minha mãe alegre 'nossa para que tá feio!'

hummm. — murmurou Rodríguez desfazendo os braços cruzados.

Esse almoço não vai ser legal! Mamãe tá se insinuando pro meu homem! Estou gostando disso, não!

— Filho vêm me ajudar com as coisas — indagou minha mãe me puxando pelo braço.

'pronto começou! Mamãe está apaixonada pelo meu daddy'

Enquanto estava sendo puxado pela minha mãe, acabei olhando "sem querer" pra o homem que estou apaixonado e eu posso jurar que vi um sorriso naqueles lábios. Algumas pessoas podem até dizer que estou fazendo a linha cu doce, mais eu duvido que alguém chegaria no crush e falaria 'ei, eu te amo! vamos colar?'. Eu sou tímido, e isso não é cu doce! Acabei saindo do transe com a minha mãe me pressionando pra eu sair e deixa eles dois sozinhos. 'Tá vendo o que os filhos passam?’

— Mãe pelo amor de Deus né, pra onde eu vou? — questiono respirando fundo pra não dar um chilique ali mesmo.

— Sei lá, vai anda pela praça. Eu te dou até dinheiro pra comer fora — disse a tal abrindo a carteira.

— Tá bom — respondo já desistindo de tudo.

Após minha mãe ter me dado dinheiro, saí calmamente pela porta da frente 'quero sair olhando nos olhos do meu diretor, posso?'. Cheguei na sala e lá estava ele, todo 'marrento' mexendo no celular, ao me ver ele parou completamente de fazer o que estava fazendo e começou a focar em mim.

— Pra onde você vai? — comentou Rodríguez me encarando.

— Vou andar pela praça, enfim, bom almoço pra você! — desabafo sendo gentil, enquanto forçava um lindo sorriso falso no rosto.

— Como assim? Você vai almoçar fora? — perguntou Rodríguez sendo um pouco mais paciente.

— O senhor não precisa se preocupar comigo, eu compro qualquer coisa na rua. — respondo saindo daquele lugar. 'Aí mãe... Olha o que a senhora me faz fazer!'

.....

Caminhei pelo bairro, olhei a vizinhança fofoqueira, e fui em direção a praça. No caminho à praça não estava pensando em nada além da minha mãe beijando o meu diretor 'minha mãe tá roubando o meu homem'.

Fiquei pensando em várias coisas, quando de repente vejo os garotos que foram expulso do colégio por minha "causa", ao ver eles vindo em minha direção acabei me virando lentamente para que eles não percebessem a minha presença.

Porra brother, aquele né o viado que o diretor tá fudendo? — gritou um deles.

'Aquelas palavras saíram tão alto que ecoaram pela rua e do nada o meu coração começou a acelerar de uma forma que achei que ia ter um infarto’. Com medo acabei correndo pela vizinhança, estava a ponto de desistir de correr quando um carro freia bruscamente na minha frente. 'esse carro não é do....' Rapidamente a porta do carro se abri e um ser enorme saí todo cheio de si.

Rodríguez? — falo surpreso e eufórico.

| contínua |

DADDY¹ | ROMANCE GAYOnde histórias criam vida. Descubra agora