O dia se passou como num piscar de olhos, entardeceu muito rápido, ao menos eu e meu daddy aproveitamos tudo de manhã. E novamente Rodríguez estava com um semblante curiosamente estranho, eu o observava de longe enquanto arrumava a casa. Não demorou muito pra ele percebe que eu estava o encarando, imediatamente virei o olhar pro chão. De repente ouço passos vindo até mim..
— Deixa que eu arrume isso pra você! — sugeriu Rodríguez pegando a vassoura das minhas mãos. — Hoje é um dia muito especial tanto pra você quanto pra mim.. Então deixa isso comigo. — murmurou Rodríguez beijando minha bochecha.
No momento em que Rodríguez beijava a minha bochecha um enorme flashback aparece.
*F L A S H B A C K*— Anda que nem homem seu garoto burro! — ordenou meu pai batendo na minha cabeça — Aonde eu errei? — murmurou o tal me puxando pela rua.
— O senhor não gosta de mim? — pergunto a ponto de chorar.
— Eu queria um filho HOMEM, não um viadinho que fica brincando de boneca.. Agora anda, que hoje estou sem paciência! —
Não aguentando mais, comecei a chorar em meio à rua, não gostando do que estava vendo meu pai começou a me puxar com força.
— Quando você chegar em casa, eu vou lhe dar motivos pra chorar! — disse meu pai batendo em mim.
Ao sentir que ele havia me batido, me soltei dele e saí correndo pela rua.
— VOLTA AQUI!!! — gritou o tal enquanto corria atrás de mim.
Não dei atenção e continuei correndo pra bem longe dele, corri o mais rápido que pude para não ser alcançado, de repente, acabo batendo de cara com o meu vizinho, com medo abracei ele o mais forte possível.
— O que houve? — perguntou Rodríguez o meu vizinho.
— Aí está você seu nojentinho! Anda vamos pra casa! — ordenou meu pai eufórico por ter corrido.
— Eu não vou! — respondo me apertando ainda mais ao Rodríguez.
— Calma, está tudo bem. Eu estou aqui. — disse Rodríguez me apertando ainda mais em seu abraço.
— Olha.. só porque você é o nosso vizinho não significa que você pode fica assim com o meu filho! Anda solta ele, que eu preciso educar esse bastardo! —
— E só porque você é o pai dele, não significa que você pode ficar humilhando ele pela rua —
— Agora deu pra ficar dando sermão? Se não soltar ele agora, ou eu vou chamar a polícia. — gritou meu pai.
Ao ouvir aquilo acabei ficando com medo, não pelo fato do meu pai ter gritado, mais eu fiquei com medo do Rodríguez ser preso ou algo do tipo. Então me soltei dele e lentamente fui em direção ao meu pai. Com um sorriso no rosto me despedi do Rodríguez.
— Se ele fizer alguma coisa com você, me chame! — gritou Rodríguez preocupado.
— Foda-se — debochou meu pai.
A caminho pra casa, o monstro do meu pai puxa o cinto que havia em volta de sua cintura. Eu me mantive forte e continuei sendo puxado feito um animal. Olhei pra trás e vejo que Rodríguez ainda continuava a me observar, não demorou muito e já estava dentro de casa.
— Olha aqui garoto, da próxima vez que você me desobedece na frente de estranhos você vai morrer na minha mão! — murmurou o tal levantando o cinto pra me bater.
Inocentemente acabei fechando os olhos por medo, já estava pronto para o monstro do meu pai me bater quando repentinamente Rodríguez arromba a porta e vai pra cima dele. Não sabendo o que fazer, corri pro quarto com um medo terrível de ser quase espancado, estava debaixo da cama quando ouço os gritos do Rodríguez com meu pai.
— VOCÊ NÃO VAI TOCAR NELE! — gritou Rodríguez.
Então um enorme barulho de algo sendo quebrado surge, curioso saí debaixo da cama e fui em direção a sala, chegando lá me deparo com um corpo deitado no chão.
F I M D O *FLASHBACK*
| contínua |
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DADDY¹ | ROMANCE GAY
RomansHistória escrita por Jefferson Santhos e registrada legalmente no ISBN. Não aceito adaptação desta obra e nem quaisquer tipo de plágio. ATENÇÃO ⚠️ Se você estiver lendo esta história em qualquer outra plataforma que não seja o Wattpad, provavelmente...