Jungkook estava chateado, ele não conseguia encontrar respostas para o fato de Kim Taehyung o odiar tanto, sem nem ter tocado uma só palavra com ele.
Talvez Taehyung fosse como todos os outros e sua mãe tinha razão, pessoas ruins, tende a andar como alguém como elas. Talvez, Kim Taehyung não fosse tanto esse anjo que Jeon via sempre, com uma áurea inocente e pura.
Seu pai era sempre tão impaciente com ele, isso um dos motivos para nunca se assumir gay. Sabe como ele é, controlador, e sempre o manipula. Jungkook pensa que é o menos amado, já que seu gêmeo tem tudo, seu pai o ama, demonstra isso, dá tudo o que ele quer. Já Jungkook, sempre é a mesma coisa, o xinga e o trata como um imprestável.
Isso doía, muitas coisas na vida de Jeon doía,mas ele não falava para seus amigos, sabia que eles não merecem se preocupar com suas dores. Jungkook está em um ponto em que nada o satisfaz, nem mesmo os presentes da mãe, os mimos, nada! Jungkook estava vazio, no fundo do poço, angustiado, coração apertado, sentindo-se presso dentro de uma bolha que está o matando sufocado aos poucos.
Jungkook só queria que essa dor parasse,mas não parava. Seus pais nem mesmo percebia que Jungkook estava doente, a sala cheia, lugares cheios, mas por dentro, Jungkook gritava por socorro, ele precisava de ajuda, mas sua mãe não percebia isso.
— Vá pentear esse cabelo outra vez, está uma merda. — Seu pai disse olhando para o jornal e logo tomando seu café.
Ele não sabia explicar o quanto o seu pai lhe fazia se sentir insignificante.
— Tudo bem. — Ele disse baixo se levantando.
Teve que ir para a empresa, ele o obrigou, era sempre assim. Isso era uma forma de fazer Jungkook se tornar homem e ter responsabilidades, ele nem mesmo perguntava se esse era o que o filho queria, o forçava a ir e pronto. O manipulava, fazia sua cabeça, assim, Jungkook se rendia por se sentir inútil.
Ele não falava, mas seu pai lhe dava medo. Por isso, se escondia em sua própria bolha, no fim, quem estava deixando Jungkook assim, era Jeon Kwan que deixa seu filho doente a cada dia.
Sua mãe logo apareceu arrumando sua gravata. Ele odiava se vestir assim,olhando assim, não parecia ser ele.
— Aguente mais um pouco querido. — Sua mãe disse sorrindo acariciando a maçã de seu rosto.
— Por que eu? Ele me odeia mamãe! Olha lá, o Jungguk dorme até tarde e ele não fala nada! — Disse com mágoa. — Agora eu, tenho sempre que fazer o que ele diz. — Sua garganta se formou em um nó. Doía, mas não doía mais do que seu coração e sua vontade de se matar.
— Filho, não ligue. Eu te amo, você é meu filho amado e eu sempre irei estar ao seu lado. — Ela sorriu abraçando o filho que suspirou. Se sentia uma criança estando em seus braços. — Agora vamos amor, se não seu pai irá se zangar.
A mulher elegante disse saindo do quarto com o filho. Jungkook sempre tinha que fingir e já estava se cansando disso.
Ele saiu de casa em silêncio, seu pai já estava dentro do carro. Entrou em silêncio e ficou olhando para o lado de fora.
— Você é uma vergonha mesmo, não presta nem para se arrumar adequadamente. — Ele disse bravo olhando de soslaio para o rapaz que permanecia calado. Ele só queria que seu pai parasse de falar, essa pressão doía tanto. Ele só queria descer daquele carro e entrar no meio da pista enquanto carros passavam por cima dele, pelo menos ele não sentiria tanta dor.
Ele não falou nada. Apenas se manteve calado. Sabia que se falasse receberia outro tapa na cara por nada, como da última vez.
Eles chegaram na empresa, agora seu pai não estava mais figurado em forma de um lobo e sim de ovelha. Era sempre assim, ele sabia fingir bem. Entre aparências, ele abraçava, beijava Jungkook, mas ele sabia que era só por causa das pessoas.
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For You - VKOOK
Hayran KurguA vida dos gêmeos são completamente diferente, um é diferente do outro. Enquanto um é doce e gentil,o outro é frio e explosivo, quando um é mais caseiro e reservado, o outro é baladeiro e mulherengo. Jungkook via sua vida indo por água abaixo ao pe...