Capítulo 7

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Rebeca

Abro os olhos devagar, observo o ambiente completamente desorientada.
Ergo meu corpo na tentativa de levantar da cama.
Me sinto pesada.
Um enjoo repentino faz meu estômago revirar. Com atenção analiso o espaço novamente, se trata de uma suíte muito elegante e sofisticada.
Verifico meu relógio, são três horas da manhã. Dormi pelo menos duas horas.
O avião continua rasgado o céu rumo ao destino que eu desconheço.

Um arrepio percorre todo o meu corpo, ao me virar e constatar que o corpo quente e aconchegante que senti, enquanto dormia é de Alexander.
Perco o fôlego por alguns segundos, contemplando seu sono leve e tranquilo.
O rosto másculo é sem dúvida muito bonito.
A camisa com vários botões abertos expõe o peito largo e musculoso, descendo até uma parte do abdômen trincado.
Ele dorme tão sereno, parece quase indefeso.
Puxo uma longa respiração.
Olhando -o assim, nesse momento, ninguém diria que se trata de um dos criminosos mais perigosos do mundo. Quem pode desconfiar do bilionário, dono das maiores e bem sucedidas redes de hotéis da Europa?
A imagem de benfeitor, do homem que participa de vários projetos beneficentes, fazendo doações generosas, não passa de uma fachada para ocultar sua verdadeira natureza.
Alexander é um homem implacável e impiedoso. Seus inimigos o temem. Ninguém se arrisca a pisar no seu calcanhar sem sofrer as consequências.

Ele se remexe na cama e eu me viro bruscamente para o outro lado temendo ser flagrada.
O simples movimento faz com que tudo comece a girar ao meu redor.
Fecho os olhos tentando dissipar o enjoo.
Com um pouco de esforço consigo levantar da cama.

Preciso ir ao banheiro.

Meu estomago revira e eu ponho a mão na boca para impedir o vômito. Abro a porta que acredito ser do banheiro, desesperada.

Graças a Deus é o banheiro.

Só dá tempo de abrir a tampa do vaso. Ponho para fora o líquido amargo, enquanto sinto uma nova onda de enjoo.

Nunca mais eu bebo na minha vida.

De repente a porta se abre.

Alexander!

Ele se agacha ao meu lado segurando meu cabelo para atrás, enquanto mais uma vez, eu ponho para fora do estômago até o que não comi.

É horrível.

Sem falar a vergonha que estou passando.
Um dor de cabeça latejante se inicia.

_ Você precisa tomar um banho.Vai melhorar . _ assegura em tom severo.

Eu não estou em condições nem de me mexer, quanto mais tomar um banho!

Como se eu tivesse falado meu dilema em voz alta, Alexander me levanta do chão de uma vez me colocando de costa para que possa baixar o zíper do meu vestido.
_ O que você está fazendo? Indago apavorada.
_ Ajudando você a tirar a roupa!_ retruca como se fosse a coisa mais natural do mundo.
_ Não precisa! _ Protesto tentando impedí-lo.
_Vai tomar banho vestida? Você não está conseguindo nem se segurar em pé.
_ Mais eu não estou de sutiã ...

Tarde demais! O vestido caiu expondo meu seios desnudo, que parece que criaram vida própria sinto-os enriquecer, ficando ainda mais empinados.

_ Por favor, pode deixar que eu faço o resto. _ Minha voz sai trêmula, enquanto tento cobrir meus seios desnudos com as duas mãos.

Ele me analisa descaradamente. Nem um pouco constrangido, enquanto eu estou a mortificação em pessoa.

_ Eu vou ajudá- la._ Insiste com um sorriso malicioso nos lábios.

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