Rebeca
Lentamente, envio meu olhar para Brianna, numa indagação silenciosa. Ela está boquiaberta, tão perplexa quanto eu. Tentando ocultar minhas emoções engulo o choro que está prestes a explodir na garganta.
Sinto um terrível mal-estar.
Com a desculpa que preciso ir ao banheiro levanto-me, sentindo uma leve tontura. Brianna faz menção de me acompanhar, mas eu explico que não é necessário.
Caminho entre os espaços que separa as mesas.
Meus são passos vacilantes.
Ponho no rosto a expressão mais fria que consigo.
Sigo sem olhar para os lados em direção ao corredor que leva até o banheiro feminino.Sinto minha visão ligeiramente turva pelas lágrimas que ameaçam romper.
Quando alcanço o corredor apresso ainda mais meus passos rumo ao meu destino.Viro para entrar no banheiro e quando o faço, sigo abrindo todas as portas para me certificar de que esteja vazio para que eu possa dar vazão a grande dor, corroendo minha alma.
Constatando que está vazio tranco a porta meio em ao desespero. E ali mesmo desabo,
na porta atrás de mim.
Escorrego até o chão aos prantos, meu corpo balançando involutariamente por causa dos soluços.
A carga de emoção que estou sentindo é insuportável.
Bagunço meus cabelos, enquanto num ato de insanidade esfrego- os.Coloco minhas mãos na boca com intenção de sufocar meu choro.
Não é possível !
Choro alto como nunca chorei antes.Me sinto derrotada!
Destruida por dentro.
A dor é dilacerante.
Levanto do chão como se estivesse possuída por algo muito mal e arremesso minha bolsa de mão com toda força contra a parede , sem nem me importar com o conteúdo ali dentro.
O barulho seco de algo quebrando ecoou no recinto.
Meu celular quebrou.Me viro e contemplo as lágrimas descerem incontroláveis pelo meu rosto, no enorme espelho.
Não consigo me controlar.
Meu Deus me ajuda! Imploro.
Alexander ! Alexander!
Minha cabeça dá um nó. Balanço -a de um lado para outro na vã esperança de apagar a sua imagem, da minha memória.
Maldito!
Eu não imaginava que era verdade, mas é.
É possível enlouquecer de amor.
Não aguento mais!
Meu choro sacode violentamente todo meu corpo.
Então num ato de desesperado, grito socando o mármore da pia com as palmas das mãos.
Uma. Duas. Três. Quantas vezes posso suportar.
Minhas mãos estão machucadas.
Não ligo.
Por dentro é pior ainda.Me encaro novamente.
Observo aquela mulher derrotada.
SOU EU !
_ Bem feito para você! Digo encarando -a. _ Do que adiantou esperar por ele? _ indago trincando os dentes, o ódio dominando meu ser.
_ Ele nunca te quis! _ me descontrolo
Engulo o choro com rancor.
Tenho raiva da minha ingenuidade.
Fui uma boba!Contemplo minha imagem.
Não passo de uma sonhadora._ SUA IDIOTA! BURRA! MEDROSA!_ esbravejo com ira.
Minha garganta dói pelo bolo que se formou.
Estou toda descabelada.
Meus olhos inchados.
A maquiagem bem elaborada que fiz não passa de um borrão.
Pareço mais uma palhaça.
Na verdade eu sou uma palhaça. Só que sem graça nenhuma.Estou quase a meia hora aqui neste lugar.
Nem sei como não chegou alguém.
Preciso me recompor.
Eu vou sufocar minha dor o quanto posso.
Solto um longo suspiro.
Respiro profundamente algumas vezes.
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UMA TRAMA DO DESTINO
Romance🔞✔ Numa noite mágica em que Rebeca comemorava seus quinze anos de idade, algo novo aconteceu. Ao contemplar Alexander seu coração bate diferente. Uma batida que sufoca sua alma. Respirar fica difícil... Então, quando Alexander segurou sua mão p...