CHERRY • TOMDAYA [Concluída]

2. Fingimentos

- Mudança de planos, Emily, eu fui demitido -

- Serio? Pelo telefone? Minutos antes do trabalho? Que filho da puta! - Zendaya disse dando sua melhor expressão de indignação

- pois é mas a boa notícia é que agora eu não preciso mais sair da cama - Tom a encarou por baixo dos cílios com um sorriso maroto, que retorcia apenas um canto de sua boca na direção do teto, dando um passo a frente e se aproximando da colega de cena enquanto dava sua fala.

- e a má notícia é que eu preciso - ela demonstrou desinteresse virando se de costas para Holland - Você viu meu sutiã? -

Ele a agarrou pelo pulso puxando-a para si dizendo sua fala novamente
- você é muito linda, não precisa de sutiã nenhum, fique aqui comigo -

Os olhos de zendaya se incendiaram e ela demorou a dizer - Eu não posso Nico, preciso trabalhar, se não seremos dois desempregados -

Ele apoiou uma mão nas costas da atriz, sentindo o cós da calça por baixo de seus dedos e puxou o corpo dela contra o seu, levando a outra mão até sua nuca, amassando lhe o cabelo cacheado. Zendaya pousou as duas mãos no peito de Tom e ele falou mais uma vez - Eu vou dar um jeito, mas agora você vai ser minha -

Ele então puxou a pela nuca, com a força exata para ser firme sem ser bruto, e tomou seus lábios. No momento em que estes se tocaram Tom foi bombardeado por sentimentos conflituosos. Ele queria mais que tudo aprofundar aquele beijo. Deixar que sua língua mergulhasse naquela boca carnuda, macia e quente e explorasse cada canto. Imaginou qual seria o gosto da boca de Zendaya. Não dava pra sentir muita coisa com aquele pequeno selinho. Ele sabia que alguns de seus colegas de profissão achavam normal beijar de lingua em cena, e outros nem tanto, acontece que ele não sabia a opinião da garota sobre isso, e teve medo de abrir a boca e deixar que o beijo se tornasse mais profundo e ela se assustasse ou o achasse invasivo até mesmo coisa pior. Então ele achou melhor se conter com o famoso selinho. Até que sentiu algo quente e úmido roçando em seus lábios.

Zendaya estava realmente se entregando a personagem, ele pensou. E em reação abriu os lábios, deixando que a língua quente de sua parceira penetrasse um pouco sua boca, se encontrando com a sua rapidamente, causando um choque em seu corpo. Tom se concentrou no sabor, tinha gosto de bala de cereja, e era de uma maciez que muito lhe agradava. Nesse mesmo momento zendaya escorregou as mãos pelo peitoral de Tom até chegar na nuca do britânico, puxando levemente o cabelo daquela região, causando um arrepio. As linguas se tocaram por breves segundos, e o ator suspirou em frustração, pois se antes queria tornar aquele beijo mais intenso, agora a vontade era quase incontrolável, ainda bem que Thomas era um bom ator e muito profissional. Ele estava tão perdido naquele beijo que se assustou quando ouviu a direção gritar

- CORTA!! -

Eles se separaram, e Thomas passou o polegar pelos cantos dos lábios, limpando um pouco de saliva que havia ficado ali, provavelmente pela diferença de tamanho das bocas.

- Ótima cena pessoal, QUE química! Que entrega nessa cena. Vocês dois são o melhor casal que nós ja trabalhamos. - Disse um dos irmãos Russo quase aplaudindo de pé. Ele fez algumas anotações em uma ficha e disse algumas coisas no ouvido do irmão e em seguida se dirigiu à Tom e Zendaya novamente. - Bom, está tudo perfeito, as filmagens vão começar na semana que vem então. Nós vamos mandar um email confirmando o dia e horário. Muito obrigada, vocês foram perfeitos - os irmãos Russo sairam de trás da mesa, e caminharam alguns passos até onde estavam Tom e zendaya apertaram suas mãos e disseram lhes mais algumas palavras de agradecimento enquanto se despediam de ambos os atores. Repetindo várias vezes o quanto a cena havia sido perfeita e que estavam ansiosos para começar as gravações logo.

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- Zendaya... Zendaya...Hey - Thomas chamava um pouco mais alto do que o normal enquanto caminhava acelerado atrás da garota que ja se dirigia para a saída do estúdio acompanhada de Darnell e de seu pai além de 3 grandes seguranças. - espera - ele disse por fim, parando a corrida quase em saltinhos, falando entre folegos

- Ah, Oi - ela o encarou com um pouco de estranheza, se perguntando o motivo dele estar correndo atrás dela, lhe chamando assim do nada. Mas ao mesmo tempo estava curiosa para saber do que se tratava então deixou que ele falasse, o encarando ansiosamente.

- Sabe, foi bem babaca da minha parte ter atrasado e ter te deixado esperando, mesmo que sem querer. E... Bom eu queria te compensar por isso, e te mostrar que sou um cara legal, então se você não for fazer nada agora, posso te pagar um café? - ele disse enquanto passava a mão na nuca, uma demonstra clara de nervosismo, ele estava com medo de que ela o achasse um maluco perseguidor ou que ela o recusasse da pior forma possível. Havia também a possibilidade dela ser uma daquelas estrelinhas de Hollywood que surtam apenas de você olhar na direção delas. Mas ele tinha que tentar nao é? Afinal compartilhariam de um longo ano de gravações juntos, com cenas um tanto quanto íntimas, e ele pensava que quanto melhor fosse a relação entre eles melhor seria para os dois

- É muito gentil da sua parte Tom, porém eu tenho uma entrevista agora, mas se quiser podemos jantar - Ela sorriu, deixando que a pontinha de seu dente da frente ficasse aparecendo, e Holland pensou que aquilo era a coisa mais fofa que ele ja tinha visto. Ele acenou com a cabeça em concordância dizendo que pra ele estava ótimo e ela aumentou seu sorriso - anote meu número, pra podermos marcar melhor um horário-

Thomas estendeu seu celular desbloqueado na direção da atriz, esperando enquanto ela digitava seu próprio número e salvava na agenda dele. Ele apreciou a velocidade com que ela acertava as teclas e digitava o que queria, lhe estendendo o celular de volta em poucos segundos, ja com seu contato salvo como "Daya 👊🏿"

Ele sorriu pra tela, não percebendo quando ela se virou e saiu andando cercada pelos seguranças por causa da multidão de fãs que se juntou na porta do estúdio. Como eles ficaram sabendo que ela estava aqui mesmo? Ele se questionou

Ele então sacudiu a cabeça, deu meia volta e saiu em direção ao elevador que se localizava ao final do corredor, enquanto discava um número na tela do seu aparelho o levando ao ouvido em seguida.

- Haz? Sim, sou eu... você 'tava dormindo ainda? ... Sim acabei de sair, se arruma que vamos sair pra almoçar, preciso falar com você. -

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