Safado Desejo

7

Por Alemão

Fico do camarote vendo a Alicia dançar lá embaixo.

Essa gostosa ta me deixando doido, minha vontade de beijar aquela boca só aumenta e parece que ela gosta de me provocar, muito filha da puta mesmo.

FM: vai ficar comendo minha prima com os olhos ou vai ir lá dançar com ela? — pergunta parando do meu lado.

Alemão: admite que ela é gostosa — falo rindo e ele nega com a cabeça sorrindo

FM: a mina é bonita, tem muito pia olhando para ela, é melhor você ir lá duma vez

Nanda: larga de doce, Gregory — minha irmã chega reclamando — cadê o fodão Rei delas?

Alemão: vocês dois são dois pau no cu — resmungo e me afasto deles. Escuto suas risadas mas foda-se.

Desço do camarote. A galera vai abrindo espaço porque geral me conhece. Cumprimento alguns só com uns acenos de cabeça.

Travo assim que vejo a Alicia beijando uma mina. Fico puto e perco o controle na hora

Alemão: que porra é essa?! — grito sem pensar e as duas se assustam. Elas se viram para mim e a Ali faz cara brava.

Alicia: ficou doido? Ta gritando por que, porra? — diz marrenta e eu vou até ela

Alemão: desde quando você é lésbica? — pergunto exasperado

Alicia: na moral, vai se fuder — fala com repulsa e eu ja fico puto — Não te devo explicação da minha vida.

Alemão: Me respeita, porra — puxo seu braço — Vêm

Alicia: me solta, desgrama — as pessoas começam a olhar estranho mas foda-se, eu sou o dono dessa porra toda.

Arrasto ela pelo braço até fora do baile e a solto.

A Alicia vêm na minha direção e tenta dar um tapa na minha cara mas segura seu pulso.

Alicia: você me trata direito que eu não sou cachorra, não! — grita e eu reviro os olhos

Alemão: você é lésbica? — pergunto devagar e ela se solta pra mim e cruza os braços

Alicia: sou bi, mas isso não te interessa muito menos dá direito de me tratar assim

Puta que pariu, como assim ela é bi? Nada contra mas por essa eu não esperava.

Ao menos eu ainda tenho chances.

Alemão: por que não me contou?

Alicia: por que diabos eu te contaria? — debocha e olha para o braço agora vermelho — Você me machucou, vai se fuder

Ô porra

Alemão: desculpa, boneca — digo com a voz calma. Minha raiva já passou — Estava com raiva, fiz sem pensar — me aproximo dela e ela fecha a cara

Alicia: você me arrastou lá de dentro só por orgulho besta. Olha bem o jeito que você me tratou!

O foda é que ela ta certa. Eu sou o dono da porra do complexo do Alemão, tenho todas as mulheres que quero e a ideia da Alicia me negar me deixou puto da vida.

Alicia: tem noção do quanto sua atitude foi ridícula?

Alemão: já pedi desculpas, desgraça, não fiz por mal!

Alicia: na moral, fica longe de mim — se afasta

Alemão: qual é, boneca? Volta aqui — ela me ignora e anda para dentro do baile mas seguro seu pulso, de leve dessa vez — Não fica de marra para o meu lado, po

Alicia: você é ridículo! — seguro em sua cintura e ela cruza os braços.

Sorrio e cheiro o seu pescoço, a fazendo arrepiar.

Eu sou muito filho da puta mesmo, a mina ta brava e eu querendo transar.

Se já é uma diaba assim, imagina na cama?

Alemão: que maldade falar assim de mim — coloco seu cabelo para trás do ombro e beijo de leve a curva do seu pescoço

Alicia: n-não faz i-isso — gagueja e eu sorrio

Alemão: ta falando disso? — beijo de novo e ela coloca as mãos no meu peito me empurrando de leve

Alicia: se a-afasta — gagueja e eu obedeço voltando a olhar para ela

Vai se fuder, menina linda do Caralho.

Alemão: vai me dizer que você não quer? — aperto sua cintura e ela olha para o lado

Alicia: o que acontece se eu beijar um traficante, dono dum Morro e procurado pela polícia? — me encara e inclina a cabeça para o lado de maneira muito fofa

Alemão: porra nenhuma — sorrio — além de ter pego um puta gostoso

Alicia: já disse que você é ridículo? — sorri

Alemão: várias vezes — ela morde o lábio e eu suspiro fundo — Na moral, foda-se

Coloco a mão na sua nuca e a beijo. Ela não para então continuo numa boa. Gemo baixinho contra seu lábios quando ela puxa de leve meu cabelo.

Que boca mais deliciosa.

Aperto sua cintura mais forte, a puxando para mais perto de mim. Eu até apertaria essa raba linda dela mas to ligado que a mina ja ta o capeta comigo, melhor ficar só no beijo.

Por enquanto.

Paramos por falta de ar e ela só afasta um pouco o lábio dos meus.

Alemão: vamos para o camarote? — ela assente com a cabeça devagar e me dá um selinho.

Na maior carinha de santa, ela se desvencilha de mim e arruma o vestido que deixa bem nítido o corpo foda dela.

Alemão: esse vestido é da minha irmã? — a coloco na minha frente e seguro na sua cintura indo em direção ao camarote

Alicia: uhum — ela me olha por cima do ombro e subimos para o camarote.

Chego lá em cima e dou de cara com o PlayBoy, tinha esquecido que o cara vinha hoje. Ele é o dono da Rocinha.

PlayBoy: fala tu, Alemão — Vêm e me cumprimenta

Alemão: fala tu, Play, whisky?— ofereço já enchendo meu copo.

Alicia: vou lá com as meninas, ta bom? — só assinto com a cabeça e ela se afasta. O PlayBoy abre um sorrisinho medindo a Ali

PlayBoy: tua fiel?

Alemão: não, é uma prima aí do FM — dou de ombros e sento na poltrona ao lado dele

PlayBoy: qual o nome dela?

Alemão: Alicia

PlayBoy: conheço essa mina de algum lugar, só não lembro da onde — ele estreita os olhos

Franzo o cenho para ele. A Ali morava até semana passada na Itália, como ele pode conhecê-la?

Depois penso nisso, agora eu só quero beber mesmo.