Capítulo Onze

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*Kaya*
Minha garganta se sentia seca como um deserto de sal. Foi a primeira coisa que notei ao retomar a consciência, então continuei o inventário silencioso antes de abrir os olhos. Estava com muita sede, parecia que tinha comido fel, meus braços doíam e a luz fluorescente feria minhas pálpebras ainda fechadas.
Abri meus olhos para encontrar paredes brancas ao meu redor e uma porta de metal sólido à minha esquerda. À direita ao lado da cama estreita onde me encontrava havia uma pequena jarra com água e um copo, ambos de plástico e um sanduíche envolto num guardanapo. E no canto mais adiante uma pequena divisória com uma cortina, também notei que não estava com minhas roupas de antes, mas com uma camisola branca simples e meus braços se viam cheios de punções causadas por agulhas, daí vinha a dor infernal. Notei que as marcas se sobrepunham à outras anteriores. Afinal, quanto tempo eu estava neste lugar?
Bebi a água e engoli rapidamente o sanduíche, sem em nenhum instante tirar meus olhos da porta e ao terminar ouvi o click da fechadura ao abrir.
Um homem jovem e alto entrou, usava uma máscara cirúrgica e um jaleco por cima do jeans e camisa de botão e na mão esquerda trazia uma prancheta, eu recuei para a cabeceira da cama e assumi uma posição de combate. Apesar de raramente recorrermos à violência eu havia sido treinada para me defender caso precisasse.
- Olá, - disse ele - por favor não se assuste, eu preciso checar seus sinais vitais.
Eu continuava em absoluto silêncio, esperando. Deixei o focar em meus olhos com a pequena lanterna que tirou do bolso do jaleco e, assim que a minúscula luz apagou eu o derrubei.
Quando saí do quarto, me deparei com um corredor que parecia serpentear en várias direções, era um maldito labirinto, e uma pontada de pânico me tomou.
Fechei os olhos para me acalmar e tentei me orientar, até que ouvi passos rápidos vindo diretamente pra mim, então não tive escolha senão enfrentá-los para sair daqui; era isso ou correr o risco de ir para o outro lado e me perder nas entranhas do local. Por que de forma nenhuma eu iria continuar presa onde quer que fosse.
Cerca de dez homens, todos vestidos de preto da cabeça aos pés vieram em minha direção, e eu convoquei a água que tinha drenado para meus dedos, formei uma bola e enviei na direção deles, derrubando três, beleza agora restavam sete. Chamei a água que tinha deslizado inofensiva no chão e circulei os pescoços dos demais, apenas cortando oxigênio suficiente para deixá-los inconscientes, mas um deles era obstinado e começou a apontar uma pistola em minha direção.
Eu segui em frente e cheguei perto dele, trancando nosso olhar e pude ver o exato momento em que comecei a afetá-lo. Seus  olhos se arregalaram, e então sua expressão suavizou, complacente. Notei distraidamente uma pequena tatuagem ao lado de seu pescoço com dois G's um de frente para o outro.

Corri o mais rápido que pude, mandando os que apareciam para baixo com tudo o que tinha, pois sentia que se não escapasse desta vez, talvez nunca o fizesse, até que cheguei ao lado de fora perto de uma cerca no exato momento em que um SUV negro ch...

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Corri o mais rápido que pude, mandando os que apareciam para baixo com tudo o que tinha, pois sentia que se não escapasse desta vez, talvez nunca o fizesse, até que cheguei ao lado de fora perto de uma cerca no exato momento em que um SUV negro chegava com reforços. Parei no meio do caminho e voltei meu olhar para o motorista, envolvendo minha teia em sua mente. Ele obedeceu meu comando, imediatamente virando sua arma tranquilizante e descarregando em sua equipe. Depois que ele tirou todos do carro eu pulei no assento do motorista e dirigi para longe dali. Eu precisava de casa, e podia ter a horrível certeza de que minha recente liberdade conquistada tão arduamente estava prestes a ter um fim.

A Princesa do Mar 🧜🏻‍🌊🌺A Child of Sea Book Two🌺🌊Onde histórias criam vida. Descubra agora