II :: LAMÚRIA

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   No carro, um dos malfeitores busca pessoas aleatórias ou próximas em busca de ocasionar-lhes terror, enquanto o crime é cometido. Mais um homem viera junto a eles, este a qual zomba  de outrem adormecido.
    — Oh, este é uma boa vítima, nós já o vimos antes — disse um deles, em tom sarcástico e, consequentemente, arrancando risadas zombeteira dos outros, assim que verificaram de quem se tratava.
   — Será um bom aproveito com esse idiota aí, fizemos um bom trabalho com ele.
   — Um imbecil! Agora nem fala mais! Vamos dar a ele mais um presentinho, quem se importa, afinal.
   Exatamente. Quem se importa, afinal? Ninguém. É o mundo perverso.
   — Quem sabe assim desta vez ele morre, o tempo dele é pouco!

   No destino combinado por entre eles, brutalmente o garoto, ainda inconsciente, foi jogado no chão carrasco e sujo, em meio a um breu, e depois... E depois… E agora... Começam a agredi-lo sem dar-lhe uma única chance de revidar; sem dar-lhe uma chance de entender o porquê. Covardes! Medíocres! Monstros! É disso que merecem ser chamados!
   Chutes foi-lhe dado por toda a extremidade do corpo magro e agora mole, principalmente em suas costelas e rosto. Sem dó. Um, dois, três, quatro, cinco… Cinco — é quando ele retoma a consciência, mas, infelizmente, indefeso dos atos.
   Uma dor extrema e latejante invade seu corpo, em especial, nos ossos e cabeça — dor que suplica por um cessar. O medo e a esperança, para ele, estão de mãos dadas neste exato momento em busca de uma chance para o ataque ser cessado.
   De maneira bruta, é puxado pelo os cabelos e jogado com força contra uma parede que, por um instante, a sentira tremer. Então, outrem passa agora a lutar pela sua vida, apesar das forças estarem paralisadas.
   Alguém dar-lhe uma joelhada no estômago, outra em seu rosto — sente o gosto metálico de sangue escorrer por seu nariz e boca.
   Cai, batendo forte a cabeça no solo carrasco, cheio de buracos. Seu corpo parece não aguentar, cada parte doía absurdamente; seus movimentos parecem não funcionar mais; as costelas não conseguem suportar mais seu peso; sua mente não consegue mais assimilar o que se vê. Paralisado — é como se sente sem conseguir revidar. E embora não tentasse nenhuma vez o fazer, e debruçar-se sem nenhum contestamento aparente, a agressão não cessou.
   Os 3 caras batem-no com tanta fúria que os mais horrendos vilões passam agora, a sentir empatia por ele.
   A ira contra o cujo dito é de tamanha hostilidade que, ele desmaia em um segundo e é despertado no outro com a brutal força dos chutes, dos socos, deixando escapar meros gritos de agonia — ele desejou morrer mais do que nunca.
   Por uma última artimanha maldita, eles deram-no um soco na garganta, acertando a laringe, fazendo-o arregalar os olhos ao ser acertado em um área que impede a respiração quando fraturada.
   Percebendo que o garoto já não tinha nenhuma feição distinta de resistência, os agressores deram-lhe uma trégua, pois ele já não demonstrava nenhuma expressão, nem mesmo nos olhos.
   Sorrindo de um prazer incompreensível, eles partiram, deixando para trás mais uma vítima inocente que não merecia ser tratada de tal forma.
   (In)Felizmente, o garoto estava a segurar sua respiração, no medo de que as agressões voltassem e a se manter forte pelas as dores; Felizmente nenhum deles percebera como ele agonizava de medo. Infelizmente já não sentia mais seus ossos. Não obstante, a falta de respiração atormenta seus sentidos; de sua boca, apenas era transmitido o som de uma luta para expirar o ar; seus pulmões e coração pulsam em recuperar o ar perdido; a agonia desesperadoura invade-o. O sangue escorre por sua boca até o pescoço e depois, mancha o chão. Sua cabeça explode de dor, uma dor incomparável.
   Por muitas vezes, tenta, e de repente ele consegue sentir o oxigênio natural, apesar do mau cheiro. Tosse estridente, mas não consegue se mover já que as dores acertar-lhe e seus ossos vibram por um sossego.
   Então começa a chorar, embargado, e uma mista de sentimentos de alívio e insegurança adentra-o, pois, ele já não estava mais sendo agredido; o pior já passou. Sim! Sim! Ele não consegue sentir seus ossos e sua respiração ainda está falha, mas o pior passou. Já não recebia mais chutes, socos, joelhadas, nem seus cabelos não eram mais puxados, sim! Ele está vivo, ainda está vivo, sim! Já não tinha mais que lutar por sua vida — ou sim.
   O vento gélido bate contra seu corpo.
   Ainda estirado no chão e sem locomoção alguma, pensa em como desejou morrer nos últimos tempos, mas, quando torna-se a ser real, não é bem assim que funciona… Ele desejara muitas vezes morrer, mas, hoje, justamente por o que estava a acontecer, desejou a vida mais do que nunca. É como se fosse um momento… Você nunca quer realmente morrer.
   Aos pouquinhos, suas pálpebras pesaram; os músculos opuseram a estar tensos e rígidos demais para serem movidos; seu peitoral pulsa por oxigênio. A garganta seca, o rosto evidenciando futuras cicatrizes, o sangue deslizando por sua pele e toda a extremidade do corpo dele doendo como se estivessem perfurando sua carne.  
   Devagarinho, quase em câmera lenta, a escuridão tomou conta de si. Receou de nunca mais conseguir abrir os olhos novamente, mas, logo sentiu-se em paz. Paz que fora interrompida quando capta um barulho de passos demorados, o fazendo abrir os olhos de imediato — agora com dificuldade.
   Quando os passos se tornaram mais vívidos, paralisou de imediato e o sentimento de desesperos retornara.
  Não! Não! Não! Eles não podem ter voltado, por favor, não!, e as lágrimas derraparam mais uma vez sobre o rosto marcado — lágrimas involuntárias...
   A figura responsável pelo os passos prosta-se ao lado dele, escura, como um breu, apenas sua sombra foi captada por San, este que fechou os olhos com força e esperou o 2° round de agressão.
  E....

8번 :: VIVER¡! woosan fic.Onde histórias criam vida. Descubra agora