X :: MOMENTOS

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Duas semanas
depois...

Tweet do Wooyoung:

Esperando o San sair da fisioterapia
Céus ele reclama demais akajahavafa
Ele ta chorando oxee

  San reclamava pela milésima vez de estar tendo que ir naquele tratamento dois dias na semana; sua justificativa era que alguns exercícios doíam muito, ele chegava a chorar algumas vezes —  Choi está odiando toda essa recuperação.
  — Ah, não... — choramingou quando a doutora ia recomeçar os mesmos movimentos nas pernas. A lágrima novamente derrapou do rosto dele. — Wooyoung manda ela parar!
  Wooyoung. Ser que esteve acompanhando todo o processo de recuperação dele e que, digamos, tem se aproximando mais do que o seu ego o permitia. A doutora, ao notar o sofrimento alheio, maneou os movimentos.
  — Hrm...
  Do outro lado da sala, Wooyoung encarava-o uma vez triste, e outra vez sorrindo da situação do rapaz. San ultrapassa os limites do drama, porém admite que o tratamento é doloroso. Por fim, a 2° consulta da semana é encerrada. San deu-se por vencido.
  — Tenta se levantar sozinho, San. — a doutora pediu.
  — Não consigo, poxa! Que saco, eu mal saí de um estado dormente e vocês já querem que minha locomoção retorne 100% estável.
   A doutora e Wooyoung suspiraram em concordância, de certa forma, San não estava mentindo. Ela os deixou a sós.
   “San! Você é um dramático” — Jung limpou os vestígios de lágrimas sobre o rosto do garoto.
— Pouco me importa! Choro porque dói mesmo e daí — eles riram.

A noite

  San & Wooyoung resolveram passar o resto do dia juntos, perambulando num carro (contraditório, não?) nas ruas de Seul. O caso Choi San já circulava em altas proporções pelo o país, por isso decidiram ficar numa região — um lago ornamental; com luzes e árvores envolta, afastada do aglomerado de pessoas.
  San não podia negar que esta era a primeira vez em sua vida que sentia um sentimento tão forte dentro de si, que gritava em busca de saída, da sua liberdade de enunciação. Ele estava extremamente feliz, mesmo pós-agressão, pós-cirurgia, pós-período depressivo. Era verdade, San estava feliz pela a primeira vez em tempos.
  Wooyoung de todas as formas esteve com ele, como podia gostar dele em tão pouco tempo, não é? Era isso que ambos se questionavam — um florescente amor ao qual nem perceberam.
  — Hongjoong me mostrou um vídeo seu, da sua voz... Ela é linda — Jung corou pelo o comentário, mas a noite disfarçou o rubor. De uma forma fofa, agradeceu San, por fim, disse: “Sinto falta dela.”
  — Deve ser difícil...
“Mas está tudo bem, desafios são precisos para que possamos nos manter de pé e enfrentá-lo.” — respondeu-o, sincero. No silêncio, San fechou seus olhos ao sentir a brisa fria tocar seu rosto.
  — Wooyoung, você... Gosta de garotos também?  — ele fez que sim, tímido. San sorriu mais para si do que para ele, estavam em direções opostas: San de costas para o lago e Wooyoung de frente para o lago.
  Seus rostos estavam relativamente próximos e, minuciosamente, o Choi sentiu a respiração de Wooyoung bater contra sua pele e uma textura gélida tocar seus lábios, uma mão direita foi posta do lado esquerdo de sua face. Não tardou a dar-se conta do que estava acontecendo, ele não abriu os olhos nenhuma vez: Wooyoung havia beijado-o, e por sua parte não havia relutância, seu coração chamava pelo o de Wooyoung. Inclinando seu tronco, levou uma das mãos aos cabelos de Jung, enquanto a outra auxiliava-o em segurar o rosto do outro.
  Eles entraram numa dança sincronizada, apaixonante e gostosa para ambos, quando aprofundaram o beijo, a mão livre de Wooyoung não tinha direção de onde seguir; ela percorria a cintura de San, o rosto, o cabelo... Admite que ultimamente tem desejado estar com San, afinal, já o conhecia antes mesmo disso tudo acontecer — Segredos! Talvez não sejam totalmente desconhecidos.
  No ósculo em que os envolviam, a língua de San deslizou para dentro da boca de Jung em busca de mais contato, o estalo que fazia enquanto se beijavam era inebriante demais — beijo sincero entre dois rapazes que tiveram a infelicidade de passar por situações semelhantes e que têm muito o que aprender um com o outro.
  Por um momento pediram que esse momento não acabasse, mas infelizmente houve aparte do beijo quando a falta de ar se fez presente — deixando os dois de olhos fechados e rindo, San foi o primeiro a abrir os olhos e deixar um selinho no outro. Em resposta, Jung cravou seu rosto na curvatura do ombro dele, deixando leves selares, o que fazia San sentir cócegas.
  — É recíproco… — comentou.
  Passaram um tempinho a mais na mesma posição, até os ventos soprarem em uivos e sentirem o clima mais frio. Já se passava das 21h.
  — É melhor a gente ir... Aquelas coisas ainda estão acontecendo, vamos nos apressar. E me ajuda a se levantar também — riu anasalado, recebendo o consentimento do outro e apoio.

Casa do Choi

  Como um típico casal adolescente de livros, eles saíram do carro aos abraços e beijos, sem se importar se havia outras pessoas os vendo. Estavam se divertindo tanto que San nem percebeu a luz da cozinha e seu quarto de cima acesa.
  A sala estava escura, eles esbarraram no sofá, fazendo San cair por cima de Wooyoung, dando-lhe mais um selar e abraçando o corpo do outro. Ele murmurou quando sentiu uma pontada nas costas.
  — Nossa Sanzinho, você mal se recupera e já está nesse nível... — as atenções foram voltadas a Yunho de braços cruzados próximo a escadaria. Sua expressão era divertida. Eles se puderam sentados no sofá.
  — O quê? — perguntou atônito, a essa altura do “campeonato”, Wooyoung escondera o rosto no ombro de San. — Como entrou? A porta estava trancada.
  — Esquecestes meu caro amigo que tenho a  cópia dela? Eu tranquei, sou nem louco de deixar um casarão desse de bobeira. E antes que pergunte eu vim ‘pra te fazer companhia mas vejo que não precisa mais, hein. — apontou para o Jung, que cumprimentou-o do sofá mesmo.
  — Hm, a gente não estava fazendo demais.
  — Não estava até eu interromper.
  — Yunho! Seu ridículo, sai daqui!
  Yunho acabou rindo alto, de certo modo San também riu desacreditado; Wooyoung sorriu com situação divertida, mas seu rosto estava com um rubor visto até na pouca luz ali presente.
  — Tá, entendi. Você quer ficar sozinho com ele. Foi bem rápido, aliás. Aproveitem a noite e lembre-se de usar camisinha. Beijos no ar. — Yunho disse tudo enquanto pegava suas coisas e direcionava-se até a porta, deixando realmente um beijo no ar e um San surpreso demais para dizer-lhe qualquer coisa.
  Que constrangedor...
  — Bem, — e eles acabaram rindo.  — É melhor a gente ir dormir, o pessoal vai vir aqui amanhã, até aquele Jongho lá… — em resposta final, Jung selou seus lábios nos de San mais uma vez, ainda mais lento que a primeira vez; queria sentir mais aquela textura.

[ Irra, eu disse que ia postar o cap.10 antes de junho, mas não deu a a a Enfim, aqui está e logo estarei postando mais outro, aguardeeem! E leiam a minha fic de NOMIN, por favor 😭😭😭 a que postei recentemente! Até maisss ]

8번 :: VIVER¡! woosan fic.Onde histórias criam vida. Descubra agora