[ Quaisquer erros ortográficos ou de utilização incorreta dos verbos, perdoem. Não revisei este capítulo. ]
Dois dias depois
8h da manhã ✩— Bom dia, flor do dia — Seonghwa entra devagar no quarto onde San ficara ‘hospedado por todo esse tempo, este que já estava sentado com rosto sonolento, apesar de já ter tomado café da manhã e banho. Ele não respondeu Seonghwa.
— Quero ir embora desse inferno!
— Meu Sanie está realmente de volta — O Park senta na pontinha da maca, ao lado de San, rindo. Logo, ele começa a fazer um checape no corpo do outro (na noite anterior, antes de irem a casa de Wooyoung, Chung Ha retirou a faixa da cabeça de San) — Bem melhor, muito melhor do que a duas semanas atrás.
Ele sorri tímido para o irmão que ainda continua sonolento, sem dizer muitas palavras ou demonstrar expressão; suas mãos cobriam seu rosto para o lado oposto de Seonghwa.
— Minhas costas ainda doem e cabeça também. Estou tendo dificuldade de dormir e entender algumas coisas,
— São sequelas, San.
— Eu sei mas, elas passam? — a voz dele soava sôfrega.
— Terá que aprender a conviver com elas, meu irmão... Será bastante difícil no início, não te censuro isso, mas você consegue. E eu terei que colocá-lo em uma fisioterapia, certo? Seus movimentos ainda estão a desejar e estarei monitorando sua evolução nesse traumatismo. A cirurgia ajudou muito, apenas vamos esperar o futuro e olhar o presente, certo?
San assentiu calado, suspirou com pesar e por um tempo o silêncio preencheu o local.
— Está tudo bem com você?
— Sim.
— Não está não, San, olha para mim — Seonghwa retirou a mão dele de seu próprio rosto, tentou esquivar, mas não conseguiu quando o outro o fez parar. — Não chora, San! O que está sentindo, hm?
— Só não entendo por quê isso aconteceu... Você sabe dos meus problemas emocionais e eles só pioram... Eu estou sendo... — foi interrompido com o Park lhe abraçando forte; abraço este que é correspondido em mesma intensidade e com lágrimas molhando o jaleco alheio.
— Você nada! Pode ir parando, você não está sendo isso que sua mente lhe diz, tá? Todo mundo quer você de volta, inclusive aqueles que ainda não te conhece, não escuta o que esse teu interior diz, a gente está aqui por você, ok?
Ficou calado, mas apreciou aquilo. Em meio ao abraço, suas lágrimas foram cessando, e mesmo assim não queria se separar do abraço do irmão, pois era onde, no momento, conseguia encontrar forças perdidas e um tiquinho de paz.
— Obrigado, hyung...
— Ficarei o tempo que precisar, San...16h - Alta
Em dias como aquele, parecia que todo o hospital se imobilizava em busca de ajudar o próximo; dias em que a coletividade era notável e todos faziam questão de estar presente, mesmo não conhecendo a história de quem saía daquele hospital.
Os amigos de San e a turma de Wooyoung se puseram em círculo, juntos. Os pais de San e Seonghwa estavam evidentemente na parte da frente, a equipe de médicos que fizeram parte do procedimento de recuperação de San, desde cirurgia e supervisões estavam agrupados ao lado do quadro cheio de post-its. Wooyoung e Yeonjun conseguiram trazer o psicólogo e médico, Choi Jongho, da clínica ao qual frequentou, que o auxiliou em conselhos e tratamento, tornaram-se amigos.
Todos estavam ansiosos esperando o momento em que San sairia daquele quarto. Lá dentro, Seonghwa encontrava-se ansioso e talvez eufórico demais — nunca passou por sua mente está em tratamento com seu próprio irmão, não mesmo. Isso prova como viver é improvável, estamos vulneráveis a tudo.
— Se apoie em mim, venha.
San descera da maca com auxílio do outro e quando pôs-se de pé, resmungou sentindo a dor em suas costelas. Seonghwa fez com que uma parte do corpo dele fosse apoiado no seu.
— Irei pegar as coisas depois.
— Finalmente vou sair daqui, não aguentava mais, sinceramente...
Seonghwa acaba rindo, e nervoso, ele abre a porta. O corredor dos post-it fica um pouquinho afastado, numa curva. Curva esta que San fizera de olhar baixo, quando as pessoas perceberam a presença do cujo dito, todos começaram a gritar congratulações freneticamente — aquela área é afastada dos pacientes e “blindada”, portanto, não é possível ouvir barulhos nos quartos de outros pacientes —, fazendo San olhá-los atordoado.
Ele olhou para Seoghwa, que sorriu para ele e depois direcionou o olhar para o quadro farto de post-its; após, seus olhos o levaram a figura que sorria tímido em sua direção e que levemente mandou um ‘tchauzinho’ para o Choi que sorriu internamente. Na frente seus pais vieram ao seu encontro, emocionados demais para pronunciar qualquer palavra, devagarinho e com cuidado para não machucá-lo, eles abraçaram o Choi, seus amigos fizeram o mesmo, em seguida gritando o nome "Choi San" muitas vezes.
Ele sorriu como nunca, ou melhor, como não fazia a anos. San sentiu-se tocado ao ponto de não conseguir dizer-lhes nada, no entanto, seu sorriso evidenciava sua gratidão e alívio pelo o carinho destinado a si e por um momento ele cogitou a ideia de chorar, mas se segurou.
Com cuidado, tentou andar até chegar as mensagens, San estava fascinado, muito feliz. Às pessoas presentes ficaram em silêncio absoluto quando ele começou a lê-los; suas mãos passeavam entre cada post-it, vez por outra ele sorria, o que fazia automaticamente as pessoas fazerem o mesmo. De repente um post-it branco tomou sua atenção, nele, estava escrito:“Toda a dor vai passar, o céu tem um plano para você. Tente um pouco mais, San ♡ - Wooyoung”
San olhou minimamente para Wooyoung, alguns seguiram o olhar dele, o que aconteceu uma situação constrangedora para o Jung — porque os olhos estupefatos da maioria olhou para si. Ele baixou o olhar, corando consigo. Hongjoong do lado deu-lhe um empurrão provocativo ao perceber a aproximação do San ao amigo envergonhado.
Wooyoung não percebeu quando San ficou a sua frente, esperando que ele levantasse o olhar em sua direção. Quando o fez, sua respiração parou por um momento, San estava sorrindo bem ali na sua frente! Era uma afronta para o pobre coração de Jung Wooyoung que nem sabia o porquê de se sentir assim.
Sem delongas, o Choi abraçou-lhe. O abraço aconchegante foi retribuído no mesmo instante, as pessoas agora olhava-os com surpresos — é que San não costumava de forma alguma demonstrar o mínimo contato que fosse em público.
Antes de apartar o abraço, San sussurrou um ‘Obrigado’ rente o ouvido dele. Wooyoung se encolheu por um instante, seus olhos se encontraram com os de San, internamente ele quis nunca mais se separar daquele abraço, não mesmo.✩
[ Muitos não devem saber, mas, eu estou dando uma pausa em todas as minhas estórias, inclusive essa, por um mês (até Junho). Estou postando este capítulo (e outro que virá) porque estou devendo, e depois disso, deixarei esta fic em HIATUS também aaa
Espero que entendam! Mas em junho estará de volta. A demais, deixarei uma imagem ilustrativa de como mais ou menos seria esse quadro de post-its :)
Geralmente as pessoas não interagem muito comigo mas, eu vou perguntar, quando eu retornar, vocês gostariam de um capítulo falando sobre essa rede de hospitais do Seonghwa, a vida de Wooyoung, etc?
Bem, até o capítulo 10 ♡ ]
Vocês também acham que às pessoas desistiriam menos se outras tentassem se importar um pouco mais?
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8번 :: VIVER¡! woosan fic.
Fanfic˗ˏˋ Quando Wooyoung promete por fim a sua tristeza e retoma a sua vida após um período entorpecido, é impulsionado a ajudar um desconhecido, que descobre ter muitas coisas em comuns quando, anda sob os mesmos rastros de um crime cometido. ˎˊ˗ ✰ DRAM...