capítulo três

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                                        BETSY

Me aconchego mais no meu travesseiro, mas um som irritante da campanhia continua insistente no meu sonho.

O som do latido do Théo é tão distante que nem me importo, porém o barulho na porta é persistente no meu cérebro.

Abro os olhos devagar e respiro fundo, com muito custo pego meu celular e dou um pulo da cama, quando vejo a hora.

São sete e quarenta e corro para o banheiro e escovo os dentes.

A campanhia volta a tocar, então não era um sonho.

No meu desespero cuspo a água da boca e corro para abrir a porta.

O porteiro do prédio deve ter urgência em falar comigo, pois se não for ele, não tenho ideia de quem seja.

Eu abro a porta e quase tenho um colapso.

Levi está ali em pé na minha porta, lindo vestindo um terno cinza, e camisa preta sem uma gravata, que contrasta com sua pele cor de chocolate, e para me deixar mais desnorteada usa um óculos escuros escondendo seus olhos.

E eu estou na minha camiseta que cobre somente minhas coxas e fico com tanta vergonha que sinto meu rosto queimar vermelho.

— Bom dia Betsy!

Levi me olha sério e leva seus olhos por todo o meu corpo depois que ele tira os óculos.

— Como você conseguiu subir, sem que o sr. Fausto me avisasse?

— Digamos que ele é um fã. - Ele dá de ombros. — Você sempre abre a porta vestida desse jeito?

Ele aponta para o meu corpo, completando sua avaliação.

— Digamos que eu achei que fosse o porteiro.  - Digo com deboche.

— E não tem problema se fosse ele?

Levi é um homem tão grande que ele ocupa todo o umbral da minha porta.

— Ele é como se fosse meu pai Levi! - Digo brava.

Me irrito com isso que estou sentindo por esse homem, ele é casado caramba!

Entro e deixo a porta aberta, já estou atrasada.

Ele entra e fecha a porta me olhando.

— Mas ele não é seu pai Betsy, e você precisa tomar cuidado!

Ele solta com voz grave olhando ao redor da minha sala.

— Fique a vontade, eu preciso de um banho e me arrumar.

Eu não vou aturar outro homem ditando as regras na minha vida, já me bastou um relacionamento abusivo.

— Agora eu entendo porque você falou que é ruim com horário. - Ele senta no sofá.

Me sinto infantil quando mostro a língua para ele, Levi ri de mim.

Corro para o meu quarto e deixo ele na sala.

Em tempo record, tomo banho, me troco e vou em direção a cozinha fazer um rápido café, sem ele meu dia não começa.

— Gostei do seu apartamento!

O Levi me olha da sala, aonde está acariciando o Théo deitado perto dele no sofá.

— Meu filhote gostou de você, não é todos que tem sua afeição. - Aponto para eles.

— Eu sou irresistível! - Ele diz convencido e sorri.

— Você é tão convencido! - Digo. — Você toma café?

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