capítulo sete

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                                      LEVI

Entro no meu carro e soco o volante com tanta força que minha mão lateja, mas estou pouco me importando, porque a dor que está no meu coração é pior que qualquer coisa.

Tento recapitular o momento que Betsy estava me devorando com seus lindos olhos, e chegou na parte que ela partiu meu coração.

Coloco a chave na ignição, antes de partir olho para cima, para janela dela, para vê se eu tenho um último vislumbre dela. Nada.

Dou a partida no carro, depois de voltas e mais voltas entro no meu condomínio.

— Levi meu filho, onde você estava? - Minha mãe solta resignada.  — Eu nunca vi você agir assim...

— Depois conversamos mãe, estou morrendo de dor de cabeça.

— Levi, o que está acontecendo? Você sempre aguentou os chiliques da Vanessa, e sempre ficou aqui segurando as pontas, mas hoje... — Você agiu tão diferente.

— Só estou cansado mãe, minha cabeça está cheia, e...

Fecho os olhos pra me recompor, eu não quero quebrar na frente da minha mãe.

— Fala comigo Levi, eu sou sua mãe. — Porque eu sinto que você está sofrendo, existe alguma coisa que você não quer dizer para sua família?

— Eu estou bem dona Piedade. - Dou um sorriso tranquilizador para ela, mas sei que ela não comprou. — Eu estou realmente cansado, uma boa noite de sono,  eu vou ficar novinho em folha.

— Te conheço Levi, mas vou deixar você descansar, também estou cansada esperando por você. - Minha mãe me olha preocupada.

— A Vanessa te ligou tantas vezes que eu perdi a conta. Achei melhor fazer um chá e dá um comprimido pra ela dormir.

— Boa noite mãe! - Dou um beijo na testa dela.

— Boa noite querido! — O que quer que seja que está te afligindo, vai passar, tudo passa meu bem.

— Eu espero mãe, eu espero... - Respiro fundo.

Ela para me olhando, me avaliando, e dá aquele meio sorriso de mãe que entende sua cria, e ela entende, mas não pode parar a dor, e essa dor está me sufocando.

Subo para meu quarto, tiro minha calça e camiseta, me deito olhando para Vanessa que dorme tranquila, mas seu instinto  me percebe na cama e vem perto de mim, e abraça minha cintura.

Fecho os olhos tentado que o sono vem, mas é impossível com as palavras da Betsy martelando minha cabeça.

Aos poucos minhas pálpebras pesam, e eu me rendo.

Acordo com o meu celular tocando insistentemente, e abro os olhos pesados, tiro o braço da Vanessa de cima de mim, pego o celular e vou para o banheiro, são sete da manhã.

Meu agente e velho amigo Breno me chamando.

Alô!

Coloco no viva voz, enquanto isso começo escovando os dentes, depois de jogar água no meu rosto.

Levi... Ele fala exaltado.

Coloco água na boca e jogo fora, secando com uma toalha e pego o celular.

— Fala Breno, são sete da manhã cara, espero que seja importante.

— Levi pelo jeito você ainda não viu o que está circulando na internet, então acho melhor você ver rápido.

— Ver o que Breno? — Acabei de acordar e você me liga por causa de alguma coisa na internet. — Por Deus, eu estou de férias! - Falo irritado.

Levi, isso é sério! - Algum paparazzi imbecil te seguiu ontem a noite até um edifício, e você passou mais de quatro horas lá, e depois saiu socando o volante do seu carro.

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