capítulo oito

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Entre chorar, vomitar, dormir e vomitar mais um pouco, eu estou exausta.

Lembrar dos olhos dele me olhando com tanta tristeza, faz as lágrimas voltar com mais força aos meus olhos.

O Levi não merecia isso, mas eu também não mereço ser a outra na vida dele.

Olha no que resultou a nossa paixão desenfreada, eu não posso nem imaginar o que vai ser daqui pra frente, o medo me corrói até os ossos, eu posso perder meu bem mais precioso, a Estrela Guia, e se isso acontecer, não sei como vou viver.

Levanto devagar, o enjôo é terrível, mas eu preciso reagir, mesmo a minha cama me chamando insistentemente.

Cada passo que dou, é uma luta, jamais pensei que um pessoinha pudesse fazer isso com a gente, e mesmo assim, eu já o amo com toda minha alma.

Tomo um banho, me sinto um pouco mais como eu, mas ainda é difícil, me preparo pra sair do quarto depois de colocar um vestido e um chinelo.

A campanhia toca.

Minha mãe me olha preocupada assim que abro a porta.

— Betsy você está com uma cara péssima! Você comeu alguma coisa?

Ela dá um beijo no meu rosto, e entra colocando as sacolas em sua mão em cima da mesa.

— Oi Tininha!

Oi meu bem!

A senhora amorosa que cuidou de mim quando pequena me dá um beijo no rosto e entra.

— Você precisa de um caldo de galinha bem saboroso, você vai se senti muito melhor depois. - Ela diz.

— Ai pelo amor de Deus!

Passo as mãos no meu rosto, e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo.

Meu estômago da um nó, só de lembrar do cheiro dos alimentos.

— Betsy você precisa comer alguma coisa, se não por você, e sim pelo meu neto.

— Tudo bem, e vou tentar comer um pouco, depois eu vou na Estrela Guia, estou morrendo de saudade das crianças e preciso sair um pouco, senão vou enlouquecer aqui.

— Eu vou também, você não está aguentando em pé Betsy! Como você vai dirigir?

— Eu vou chamar um carro por aplicativo mãe, hoje a senhora está livre pra fazer as suas coisas.

Minha mãe me olha esperançosa.

— Você vai ficar bem mesmo? — E pode me chamar qualquer hora, eu só vou fazer meu cabelo e unha, e mais tarde eu venho pegar a Cris.

— E vou ficar bem mãe, e obrigada por tudo. —Eu te amo!

Vou até ela e abraço minha mãe, e sinto o cheiro do seu perfume, e por incrível que pareça seu cheiro me relaxa.

— Me ligue, por qualquer coisa...

— Eu prometo mãe!

Dou um sorriso doce pra ela, e seu sorriso de volta, me diz que eu posso contar com ela pra qualquer coisa, e eu a amo por isso.

Depois que minha mãe sai, fez suas exigências fazendo eu e dona Cristina revirar os olhos.

Estou tentando não enjoar com o cheiro dos produtos de manicure, porém voh trocar meu esmalte verde, por um rosa choque, e a trancos e barrancos consigo.

— O caldo está quase pronto Betinha.

Quando ela me chama pelo apelido que ela mesmo me deu, me faz lembrar as bonecas que eu espalhava no sofá, e me fazia de professora delas, a vida era tão boa, descomplicada, e sem emoção.

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