LEVI
Só queria saber, aonde eu estou com a cabeça pra falar com a professora da minha filha daquele jeito.
Não gosto e nunca gostei de mulher branca, mas para ser sincero, eu me impactei quando eu entrei naquela sala e me deparei com duas esferas azuis me encarando.
E aquela boca inteligente dela, ela me desafiou, e o pior que eu me diverti quando ela ficou brava.
Levi, Levi, baixa sua bola, você é um homem casado, e sua mulher tem ciúmes até dá sua sombra.
Dez anos casado, e nunca tive um segundo olhar para outra mulher.
No entanto aquela loira, realmente é uma coisa, pequena, ela mal chega nos meus ombros, mas as curvas do seu corpo na calça que ela estava, deixa um homem grande como eu, babando, e sem querer de joelhos.
— Sonhando acordado, meu filho?
— Não mãe, só pensativo!
Ela senta do meu lado no sofá e sorri.
— Se a Vanessa estivesse aqui, ela ficaria com ciúmes desse seu pensamento.
— Ela as vezes me enlouquece com seu ciúmes exagerado. — Nunca dei motivos a ela. - Falo sério, olhando minha mãe.
— Como foi na escola da Lívi? - Minha mãe pergunta.
— Foi tudo bem! - Sorrio, pensando na atrevida professora. — O tópico foi preconceito... —Imagina isso.
Levanto uma sombrancelha para minha mãe, dando de ombros.
— Não foi de todo ruim, você tem um pequeno sorriso nos lábios. - Minha sábia mãe me encara séria.
— Eu, sorriso no rosto? — Acho que a senhora está vendo coisa onde não tem!
— Não me coloque como tonta Levi Edward, eu sou sua mãe, te conheço desde o meu ventre.
— E o que isso quer dizer?
— Quer dizer, para você tomar cuidado, porque senão a Vanessa te mata! - Ela levanta seu corpo grande do sofá, e sai.
Ninguém pode tirar meus pensamentos de mim, nem mesmo minha mulher. Falo comigo mesmo.
Vou tomar um banho, pretendo buscar minha filha na escola.
•
— Porque você vai buscar a Lívi, se ela vem de transporte escolar?
— Mãe já disse, esses dias pretendo ficar bem perto da minha filha.
Isso não é uma mentira, mas também não vou negar que estou louco para vê uma pequena loira, que desde o momento que a vi, não sai dos meus pensamentos. Penso comigo.
— Levi, não entre em nenhuma enrascada, meu filho.
— Não vou mãe, não se preocupe. - Dou um sorriso para ela e beijo seu rosto.
Termino de arrumar a manga da minha camisa branca, pego minhas chaves e saio.
•
Paro o carro em frente a escola e aguardo.
Cheguei cedo, não tem quase ninguém aqui fora.
Meu celular toca, e o nome da minha mulher aparece na tela.
— Alô!
— "Alô amor, estou morrendo de saudades, não vejo a hora de ir embora. — A Lívi e a sua mãe estão bem?"
— Está tudo bem querida! — E sua irmã e o bebê como estão?
— "Levi, ele nasceu com quatro quilos, dá para acreditar?"
