Abstenho meus desejos,
Não mais me guarda em seu seio,
A mulher pálida de lábios vermelhos,
Detentora de meus anseios.Vida combalida por avessos distintos,
Que expelem minh'alma pelo suor.
Olhos vidrados, agitados, famintos,
Desacertos revividos em cada pormenor.Enfrento a rua como uma inimiga,
Encaram-me como se encalçassem meus passos.
Ainda a mágoa que meu peito abriga,
Mostra que de misericórdia, meu peito é escasso.Aos que vejo no sofrimento,
Dou-lhes meu olhar compadecido,
Apenas meu lamento,
Pois nada tem me feito sentido.As mãos nos bolsos são apenas uma farsa,
Aldrabices para manter a inteiriça postura.
Quem dera se tamanha trapaça,
Servisse para apagar o mal desta urdidura.Não vencerei a luta,
Mesmo assim, levanto-me todos os dias.
Decerto que em algum momento, na labuta,
Encontrarei um momento de paz e alegria.
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Chão de giz (Concluído)
Poetry🏅Eleita uma das melhores histórias de 2020 pelos embaixadores do wattpad 🏅Destaque de fevereiro no perfil @PoesiaLP 🏅Destaque da página inicial de poesia no Wattpad PT Não se trata de coisas concretas. É sobre a forma de ver a vida. É sobre a co...