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Sinto a escuridão tomar-me o corpo,
Deitado nesta cama, olhando para o teto.
De esperança não sobrou  nem um pouco,
Já não resta nenhum afeto.

Ah, quão tolo fui eu,
Querendo colar um coração estilhaçado.
Meu melhor sentimento não sobreviveu,
Esmagado pelo seu pecado.

Invisto ainda nesse doloroso verso,
Única coisa que dessa pena me restou,
Neste encalmadiço quarto perverso,
Relembro a agrura que  de mim se apossou.

É o Sol que agora some,
E traz minha amiga, noite, de volta.
Ela grita com avidez o meu nome,
Me mostra os benefícios de sua obscura rota.

Chão de giz (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora