5- Um milhão de desculpas

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"A paciência é a alma do negócio"

já diria o ditado, e se não diria digo eu

boa leitura :)

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Era algo absolutamente diferente do ordinário, conviver com ele.

Jimin não era uma pessoa fácil de lidar, mas de alguma maneira, era óbvia a forma como por baixo de todas aquelas camadas de prepotência e uma fingida arrogância, havia uma pessoa doce e generosa. Pelo menos era o que Jungkook conseguiu ler, ao longo do tempo em que o conhecia.

Acontece que Park não fingia emoções. Se gostava de algo era transparente, e se detestava faria questão de dizê-lo também.

A beleza externa era visível à distância, mas talvez por essa impressão de superioridade, a beleza interna só pudesse ser vista com um pouco mais de convívio.

Fazia dois meses desde a chegada do Park.

Dormir novamente com ele foi estranho, mas ao mesmo tempo... Natural, talvez por não ser a primeira vez. Sequer compreendeu como Jimin se rendeu tão rapidamente, mas percebeu como ele parecia cansado, enquanto se ajeitava na cama com seu travesseiro do qual era inseparável, e demorava a acordar no dia seguinte.

Ele estava ali, deitado abraçado a este bendito travesseiro, mas com a mão direita esticada abrigada dentro da camisa de Jungkook.

Jungkook a princípio se surpreendeu, mas sabia que não era proposital, apenas provavelmente mais um de seus hábitos.

Talvez Park dormisse melhor quando estava com alguém? Com aquele travesseiro, por mais que fosse um presente de outra pessoa que provavelmente tinha a mania de dormir atrelada a algo, ele parecia ter se adaptado muito bem.

Suspirou baixinho, olhando a parede antes feia, agora ganhando beleza.

O quão difícil deve ter sido para Park Jimin?

Primeiro se descobrir intersexual. Lidar com isso, e ter que esconder. Mas então, talvez de repente... Ser obrigado a escancarar para qualquer um que o visse na rua. Receber olhares e questionamentos.

Ele não podia sequer imaginar algo assim.

Ser homossexual lhe trouxe problemas, no entanto ainda assim não era como se tivesse que dizer pra todo mundo. Por mais que não escondesse, pagou um preço.

Mas teve a chance de escolher entre dizer ou não.

Jungkook ainda olhava a parede parcialmente pintada pensativo, quando ouviu o celular do mais velho tocar.

Se remexeu no lugar, sem saber o que fazer. Não era exatamente enxerido, mas Jimin estava dormindo, e ultimamente notou como ele sempre atendia todas as ligações que recebia. Poderia ser algo importante, porque estava cedo...

Como Park sequer se mexia na cama, decidiu atender, para dizer pra quem quer que fosse ligar depois, se afastando devagar de sua mão, deslizando para o lado até sair do colchão completamente, levando o celular consigo para o cômodo mais distante, atendendo em seguida.

— Bom dia meu amor. — a pessoa do outro lado disse.

O mais novo afastou o aparelho, encarando o visor, endereçando o número como "Taetae". Obviamente, Taehyung, de quem Park tanto falava. — Como você está?

— Ah... Hm, ele está dormindo...

E quem é você? — o outro parecia indignado, pelo tom de voz que usara.

— Hm...

Ah! Nem precisa falar. Seokjin?

Jungkook sorriu, olhando para Jimin, que ainda dormia. Ele falava sobre cada detalhe com o tal Taehyung?

Um em um milhão | Jikook - REPOSTANDO CorrigidaOnde histórias criam vida. Descubra agora