— Jiminie? Você não deveria estar dormindo? — Taehyung perguntou assim que atendeu.
— Não consigo dormir. — respondeu com a voz baixa, segurando qualquer som que demonstrasse que queria chorar de verdade. Se encolheu debaixo das cobertas, no colchão que tinha no chão. Só havia uma geladeira que mais parecia um frigobar, um fogão, uma mesinha de centro e o sofá. Antes morava no alojamento da companhia de dança, então não tinha que se preocupar com a roupa para lavar, a comida para fazer, nem nada disso, e o dinheiro chegava sempre na sua conta.
Tudo era lindo e confortável lá.
— Minie... Fez o chá que eu te dei? Ele é ótimo, e acalma até o bebê.
Jimin tapou a boca ao ouvir falar nele, fechando os olhos com força.
— Vou fazer.
— Jimin, o que aconteceu? Você está bem?
Park ponderou, respirando fundo antes de responder. — Só queria ouvir sua voz. — falou. Se contasse a Tae que o bebê mexeu enquanto estava acordado, era provável que voltasse da França naquele instante, e enfiasse Jimin numa sala para ter acompanhamento pré-natal. O mesmo que se negava tanto a fazer.
— Ah, Minie... tenta dormir, por favor. Não fica acordado tão tarde. Se mantenha aquecido, e tenta não pensar demais.
Jimin assentiu, mesmo que não pudesse ver. Não queria atrapalhar. Não a Taehyung.
— Já vou. Boa noite, Tae.
— Boa noite, Jiminie. Durma bem.
Park encarou o celular, desligando, dando um longo suspiro. Tentou se imaginar sem aquela barriga, sem bebê, de olhos fechados dormindo em segurança no dormitório da companhia, e apertando e abraçando seu body pillow que Taehyung comprou para si, só assim caiu no sono.
Quando acordou, no dia seguinte, sentia calor, provavelmente o sol estava alto lá fora, mas com as janelas de madeira tudo ficava um pouco mais escuro. Coçou os olhos, encarando tudo a sua volta. Não tinha nenhum motivo pra estar acordado.
Mas então seu estômago roncou. Tinha pulado sem querer o café da manhã, e já passava da hora de almoçar.
Não se importaria em ficar com fome, já que não tinha vontade alguma de sair para comprar o que precisava e enfrentar o mundo lá fora. Mas... Não tinha coragem de fazer isso com o bebê. Não de novo.
— Me falta ódio, é isso. Vamos tomar banho, Pacotinho. — falou, se levantando e indo para o banheiro. Era pequeno, pequeno demais, com um box minúsculo, pia branca simples e um vaso, tudo apertadinho, mas com a boa faxina que deu no dia anterior, estava aconchegante até, uma plantinha na pia, toalhas combinando penduradas. Se despiu, começando a se lavar. Até o chuveiro era esquisito de fazer funcionar naquele prédio. Não podia abrir demais, porque ficava gelada, mas se abrisse de menos era o equivalente a uma queimadura de terceiro grau.
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Um em um milhão | Jikook - REPOSTANDO Corrigida
Fiksi Penggemar[NÃO É ABO] As chances de que engravidasse eram praticamente nulas, e lidar com a intersexualidade deixou de ser um problema desde o fim de sua puberdade. Por obra do acaso, Uma em um milhão de chances foi o suficiente para que, comJungkook, se torn...