Adeus

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Adeus
No fim de um dia de festa, de alegria, lá estava eu, levemente alterado por causa da bebida, desfilando no meio da República. Eu estava me sentindo infinito. Fazia tanto tempo que eu não me divertia.

Observando tudo em minha volta, segui, até que meus olhos encontraram você.
Logo mais, nos apresentamos, o meu coração acelerou no momento em que nos beijamos. Trocamos contatos e seguimos em frente.

No dia seguinte, trocamos mensagens, você disse que estava com borboletas no estômago, para mim, foi um bom sinal. Disse para você, que eu considerava pessoas iguais à livros. Ambos têm suas histórias, histórias de amor, de paixão, e que se você permitisse, eu gostaria de ler e reler você.

No decorrer dos dias, fui ficando confuso, não sabia o que você realmente queria. A minha preocupação era deixar claro, as minhas intenções, e mais uma vez, fiquei confuso por transparecer ser uma pessoa acelerada, "Desesperada por um namorado". Foi o que você me disse, na primeira vez que me ligou. Era tão bom falar com você, ouvi a sua voz.

Duas semanas depois, um novo encontro aconteceu, e foi mais do que eu esperava. Você veio até a minha casa, cozinhou para mim, abrimos um vinho, conversarmos. Lembro do que você me disse, do medo de se machucar, e de me machucar, você dançou para mim, fizemos amor. Parecia que nossos corpos estavam em uma única sintonia, estávamos conectados (É o que eu consigo descrever daquela noite).
Depois do amor, deitei ao seu lado, você me pediu para repousar minha cabeça no seu peito, e eu fiz. Aproveitamos o momento, sim, eu aproveitei. Era tudo tão surreal.

Dormimos juntos, você dormiu, porquê às 4:30 da manhã, eu estava de pé no quarto, te admirando, pedindo para Deus não deixar a noite acabar.
Na manhã seguinte, antes de partir, ficamos abraçados, ouvindo várias músicas, e então, você se foi.

Trocamos muitas mensagens, eu tentei manter o contato, mas você simplesmente foi abrindo mão. Não dá para ter paciência se você não colabora, as mensagens foram se silenciando, até que pararam de ser enviadas.
E ali, ficou um ponto de interrogação. O que houve?

JANELAS VERDES, temos as nossas diferenças, eu aproveitei aquele momento, não sei se você aproveitou, ou se gostou, sei lá. Você salvou o seu contato no meu celular, o seu nome e, SEU FUTURO.

Eu não posso obrigar você a ficar, e você tem todo o direito de ir embora. E isso é incrível, porque pelo pouco tempo com você, tive um aprendizado. Eu sou uma pessoa incrível e você não tem ideia disso, mas, irei esbarrar em alguém que possa enxergar isso em mim.

Eu não sou um MENINO, um GAROTO, não sou INOCENTE, e sei que quando alguém quer, faz acontecer. O seu silêncio foi a resposta que para mim, já estava visível.
E quer saber de uma coisa? Muitos dizem "Trate os outros, da mesma forma que te tratam". E ainda "Silêncio se responde com silêncio."

Hoje em dia, existe uma disputa, um jogo, no qual, aquele que demonstrar menos, vence. Eu odeio esse jogo, porque sempre perco.

Essa semana ficou um ponto de interrogação, e eu odeio casos inacabados. Por isso, escrevo-te essa mensagem.

No meio das lembranças, ficou o seu olhar verde, janelas verdes. Hoje, sigo a estrada, feliz por você ter me feito uma visita. Um alguém que se foi... um pássaro que fez uma pausa, levantou voou, e seguiu seu caminho.

Obrigado.
Obrigado, pelo vinho.
Obrigado pelo Risoto.
Obrigado por suas histórias.
Obrigado pelo momento.
Obrigado.

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