Quatro... Cinco... Seis meses de gestação!
E minha barriga estava maior que um melão.
Continuando com o pré natal e com todo aquele acompanhamento médico, tive certeza que meu bebê estava crescendo e estava cada vez mais forte. Tinha vinte e cinco centímetros e pesava um quilo e meio. E foi ao comparar seu crescimento ao longo das semanas que notamos que seu progresso foi dentro do esperado.
Continuei gravando vídeos e salvando na pasta que Jimin deixou. Filmei meu dia a dia, filmei minha ida até as consultas, filmei o resultado dos exames... Filmei praticamente tudo. Sempre que eu precisava desabafar eu também ligava a câmera e confesso que comecei a ter esse hábito cada vez mais forte.
A minha intenção com aquilo era que Jimin quando visse, pudesse ter noção de tudo que aconteceu, então eu filmei de tudo um pouco. Deixei de lado a grande possibilidade dele nunca ver tudo aquilo, e simplesmente pensei positivo. Eu preferia acreditar que tudo daria certo, e só de imaginar ele vendo meus vídeos um dia, eu já ficava alegre.
E falando em vídeos... Continuei assistindo os que ele deixou pra mim. Eram dez ao todo e eu já tinha assistido seis. Em todos eles Jimin dizia coisas lindas. Em todos eles, assim como havia dito, ele falou sobre cada um de nossos meses de namoro. Muitas vezes sorriu, porém muitas vezes lamentou também – enquanto eu fiz o mesmo ao assistir.
Aqueles vídeos eram a minha válvula de escape durante os momentos difíceis. Sim, eu estava feliz e totalmente empenhada em minha gravidez. Já me sentia forte e disposta, estava ganhando corpo e estava comendo apenas o que estava em minha dieta. Tudo estava dando certo e sim, eu estava feliz ao saber que meu bebê estava bem, porém... De vez em quando o medo batia na minha porta.
De vez em quando eu me desesperava, me via sozinha e lamentava por ter o meu amor tão longe e tão ausente. Sim, já são seis meses de gestação e cinco meses que Jimin tinha ido embora. E desde então, as únicas notícias que eu tive foram as que ele me contou naquela carta enviada por Ren.
Cada vez o tempo passava mais rápido, cada vez mais eu me aproximava do final da gravidez e cada vez mais, eu ficava mais tempo sem saber como estava sua situação e como estavam as coisas em seu país. Se eu me alegrava com a chegada do meu bebê? Sim, é claro! Mas quanto mais o tempo passava, mais eu ficava anestesiada com a ausência de Jimin. Eu já não tinha mais lágrimas, não aguentava mais chorar. Triste eu ficava sempre, porém resolvi colocar um ponto final em minhas lágrimas para manter bem o meu emocional.
Minha única companhia sem ser Mochin, era o meu bebê. E muitas vezes foi ele o meu único ouvinte nos momentos de aflição. Sim, eu conversava com ele e acariciava minha barriga em meio aos desabafos, porém meu pequeno não poderia me responder. Não respondia, mas eu sabia que ele estava ali e que eu não estava sozinha.
Eu estava cansada daquela situação, estava cansada de todo aquele sofrimento. Jimin tinha que voltar, e voltar rápido! Precisávamos dele, e a sua volta poderia significar o fim de todos os meus problemas. Sua volta seria a maior alegria associada à chegada do nosso bebê que aconteceria em breve, e sendo assim, toda a tristeza seria convertida em alegria.
(...)
Conversando com Yoora na semana seguinte, bem na hora do almoço, eu comentei sobre minha ultrassonografia daquele mês. Falei que eu precisaria realizá-la o quanto antes e não tinha companhia. Nem Kristie, nem Maya e muito menos Kate poderiam me acompanhar. E foi ao contar isso pra ela, que ela se ofereceu para ir comigo.
– Sério? Mesmo? – Sorri feliz.
– O exame está marcado para que horas?
– Quatro horas da tarde na quinta feira que vem. – Respondi.
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International love story
FanfictionTudo começou quando Jimin Park - um aluno recém matriculado na Columbia University - começou a sofrer com xenofobia ao chegar nos Estados Unidos. Ashley por já ter passado pela mesma situação, se sensibilizou pelo garoto e resolveu se aproximar e of...