Blood, sadness and tears

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Naquela mesma semana, Jimin e eu voltamos a sair juntos depois das aulas como fazíamos antes. Na hora do almoço eu continuei indo sozinha ao John Jay e ele continuou ficando no refeitório com Yoora. Eu não gostava muito dessa ideia – e sim, eu sabia que Jimin estava interessado somente em mim – mas eu não sabia se Yoora tinha interesses por ele, então isso sempre me deixou um pouco... Desconfiada.

Voltamos a frequentar a Baked, a Soul, o Central Park, começamos a frequentar também algumas livrarias bem no centro de Nova York e também começamos a ir a lugares onde eu ainda não tinha levado Jimin. Fomos ao shopping mais próximo, fomos assistir a um jogo de basquete no final de semana e até curtir um show no Madson Square Garden nós curtimos quando tivemos tempo.

Estávamos juntos sempre que dava e a cada vez que nos encontrávamos... A cada vez que eu chegava ao estacionamento e via Jimin me esperando perto do meu carro... Mais ainda eu queria estar passando um tempo com ele e me alegrava ao conseguir fazer isso.

No dia em que lhe contei a verdade sobre meus sentimentos, Jimin prometeu que não faria nada que não fosse do meu agrado. Bom, um beijo certamente seria do meu agrado, mas ele sabia que eu preferia que isso não acontecesse. No momento eu queria vê-lo como um amigo muito próximo e não como um futuro namorado – pelo menos não ainda.

Eu ainda não estava certa do que fazer em relação aos meus pais, então preferi manter as coisas de uma forma estável com Jimin. Eu sabia que estava começando a ter sentimentos fortes por ele, mas pedi a sua colaboração para que esses sentimentos não pegassem mais força ainda. Eu não queria que tudo mudasse, por isso fiz Jimin prometer que não tentaria nada.

Lidar com a situação do jeito que estava para mim seria fácil, então era assim que eu queria que tudo continuasse. Eu estaria sempre na presença de Jimin como ele queria e ele não tentaria nada, assim como eu lhe pedi. Assim combinamos e até que por algumas vezes conseguimos fazer o que tínhamos em mente, mas às vezes...

Mesmo sem perceber, quase deixávamos tudo ir por água a baixo. Às vezes eu tinha que negar um beijo de Jimin no último instante – mesmo querendo. Às vezes por pouco não trocávamos carinhos. E às vezes... Por pouco eu não desistia de tudo e aceitava ser sua namorada.

Confesso que era difícil estar ao lado dele sempre sem ter algum tipo de desejo. Era difícil estar com a pessoa que eu estava gostando e ter que fingir que eu não tinha sentimentos por ela... Bom, mas mesmo sendo difícil, assim seria dali em diante. Assim continuaríamos juntos daquele jeito e meus pais não teriam que tomar parte em nada.

Numa quarta feira, muitos dias depois de nossa conversa, resolvemos sair – só que não foi exatamente depois das aulas. Resolvemos ir ao Carmine's – um restaurante de comida italiana – para jantar, e iríamos nos encontrar oito horas da noite. Marquei esse horário para passar na casa de Jimin, mas alguns minutos antes de eu sair de casa, recebi uma mensagem sua.

"Me desculpe, mas não vou sair contigo hoje."

E isso foi tudo que ele me disse. Nem uma ligação, nem uma explicação, um motivo... Nada. Resolvi ligar para ele depois de ter esperado um contato seu, mas minha tentativa foi em vão. Liguei umas três vezes, mas não consegui uma resposta. Fiquei sem entender, Jimin estava tão animado e de repente...

O tempo foi passando e aos poucos eu fui ficando preocupada por ter ficado sem notícias. Nesse momento, não pensei duas vezes. Peguei meu carro e segui até a casa dele mesmo sem ter sido convidada. Eu precisava saber o que tinha acontecido.

Cheguei em quinze minutos e rapidamente, bati na porta da entrada. Ouvi alguns passos lentos e de repente, a porta foi aberta. Milan me atendeu e ao me ver, sorriu. Nesse momento, tive certeza de que ele se lembrou de mim.

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